As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, 9, com impulso das perspectivas para a economia chinesa com novos estímulos, o que beneficiou empresas de luxo e mineradoras. Por outro lado, houve recuo de índices com grande valorização recente, como em Frankfurt e Madri.

No caso do alemão DAX, houve queda depois de recordes históricos de fechamento serem renovados. Investidores observam as possibilidades de novos cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), que tem reunião marcada para esta semana.

O desfecho da crise política na França continua no radar, com a expectativa de que o presidente Emmanuel Macron anuncie em breve um novo primeiro-ministro para substituir Michel Barnier, deposto na semana passada.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,17%, a 521,33 pontos.

O sentimento de risco global teve significativo impulso na sessão, após o principal órgão político da China se comprometer a adotar uma política fiscal “mais proativa” e uma postura monetária “moderadamente frouxa”.

A notícia impulsionou os preços de commodities, o que apoiou ações do setor. Em Londres, Rio Tinto (+3,78%), Antofagasta (5,32%), Glencore (+4,46%) e Anglo American (+2,70%) lideravam os ganhos do índice FTSE 100, que avançou 0,52%, a 8.352,08 pontos. Papéis do segmento do consumo de luxo também exibem forte vigor, com esperança por maior demanda no país asiático. Em Paris, Louis Vuitton subiu 3,51% e Hermès ganhou 0,84%, enquanto o CAC 40 teve alta de 0,72%, a 7.480,14 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,29%, a 6.354,93 pontos.

O Goldman Sachs espera que o conselho do BCE reduza a taxa de depósito em 25 pontos base nesta semana. “O crescimento dos salários e as medidas da inflação revelaram novos progressos graduais, mas os pressupostos técnicos têm implicações mistas para as perspectivas de inflação”, avalia. O banco aguarda pequenas alterações nas projeções de inflação elaboradas por especialistas, com uma descida de 0,1 ponto porcentual para a inflação subjacente em 2025, mas nenhuma alteração em 2026 e 2% para as novas previsões para 2027.

O Credit Agricole aumentará a sua participação no Banco BPM para 15,1%, procurando reforçar a sua posição na Itália no meio de uma oferta de mais de US$ 10 bilhões de dólares pelo banco por parte do rival UniCredit. O Credit Agricole francês, que atualmente possui uma participação de 9,9% no BPM, anunciou na sexta-feira que celebrou acordos financeiros para adquirir 5,2% adicionais do capital social do credor, sujeito a aprovações.

Em Paris, o Credit Agricole subiu 1,27%, enquanto o BPM caiu 0,26% em Milão. Na cidade, o FTSE MIB recuou 0,55%, a 34.559,83 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve queda de 0,15%, a 20.354,10 pontos. Em Madri, o Ibex35 cedeu 0,50%, a 12.011,90 pontos.