As bolsas da Europa fecharam mistas nesta quinta-feira, 26, com leve tom negativo após o Banco Central Europeu (BCE) manter juros e indicar preocupação com desaceleração excessiva, e com investidores absorvendo números de relatórios corporativos piores do que o esperado.

Em Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 0,79%, a 7.355,69 pontos; em Frankfurt, o DAX recuou 1,08%, aos 14.731,82 pontos; em Paris, o CAC 40 caiu 0,38%, aos 6.888,54 pontos; em Madri, o Ibex 35 recuou 0,24% aos 8.963,30 pontos; em Milão, o FTSE MIB subiu 0,27%, a 27.504,59 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 ganhou 2,15%, aos 6.180,00 pontos. As cotações são preliminares.

Nesta quinta, o BCE pausou sua alta nos juros da zona do euro pela primeira vez desde junho de 2022, conforme o mercado já vinha precificando. Porém, no comunicado da autoridade monetária, bem como no discurso da presidente do BC do bloco, Christine Lagarde, a preocupação com uma desaceleração excessiva da economia europeia após sucessivas altas deixou o mercado mais cauteloso, afirma o analista da Oanda Craig Erlam.

O ING concorda com Erlam, e afirma em nota a clientes que o BCE agora parece mais preocupado com o crescimento do bloco econômico do que com o controle mais rápido da inflação, e que por isso as taxas de juros não devem subir mais, mas devem permanecer em patamar elevado por muito tempo.

Fora da zona do euro, Londres também viu ventos contrários pesarem sobre o FTSE100 nesta quinta, diante da queda do petróleo, que fez as ações da Shell – que tem o maior volume de papéis negociados na bolsa – caírem 1,14%. Também, a Unilever perdeu 2,83% depois de divulgar balanço trimestral com queda maior do que o esperado no volume de vendas.

No fechamento, os papéis do BNP Paribas recuaram 2,63% na França depois do balanço do banco apontar para queda no lucro.

Já em Frankfurt, a Volkswagen viu o preço das ações recuar 2% na esteira de seu balanço, que apontou para produção menor do que projetada por analistas.

A ação da Iberdrola caiu 0,38% em Madri, com o balanço da companhia de energia, apesar de ter elevado projeções para 2023.