As bolsas da Europa encerraram a semana sem um sinal de consenso, refletindo reações aos dados de atividade da zona do euro e as vendas do varejo no Reino Unido. As discussões sobre um acordo de paz na Ucrânia continuam no radar, assim como as eleições para o parlamento da Alemanha no domingo.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou a sexta-feira, 21, perto da estabilidade (+0,04%), a 8.660,10 pontos, e acumulou perda de 0,84% na semana. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,23%, a 22.264,29 pontos, com queda de 1,11% na semana. O CAC 40, de Paris, subiu 0,39%, em 8.154,51 pontos, reduzindo a queda semanal para 0,29%.

Em Madri, o Ibex 35 caiu 0,12%, a 12.952,00 pontos, mas teve ganho de 0,26% na semana. Em Lisboa, o PSI 20 registrou alta de 0,38%, a 6.710,65 pontos, acumulando ganhos na semana de 0,85%. Em Milão, o FTSE MIB marcou alta de 0,45%, a 38.421,05 pontos, e avanço de 1,17% na semana. As cotações são preliminares.

Entre os indicadores, o Reino Unido divulgou alta mensal de 1,7% nas vendas do varejo de janeiro, bem maior do que se previa.

Os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da Europa sugerem que os bancos centrais da região deverão manter ciclo de cortes de juros, mas com postura mais cautelosa diante da persistente pressão elevada sobre os preços, segundo análise da Pantheon Macro, em relatórios divulgados nesta sexta-feira.

A fraqueza dos números da França pesou sobre os PMIs da zona do euro, ofuscando a aceleração da atividade na Alemanha e a expansão de produtividade em outros países, avalia a consultoria. A Pantheon observa que demanda continua sob pressão no bloco, com queda dos novos pedidos pelo nono mês consecutivo e em ritmo mais rápido do que em janeiro.

Os bancos foram a ponta forte da bolsa de Londres, com alta de 3,67% para o Natwest e de 3,38% para os papéis do Standard Chartered. Sem resultados locais de destaque, Madri adotou tom de cautela e perdeu os 13.000 pontos.