Os mercados acionários da Europa fecharam nesta sexta-feira, 25, sem direção única, ainda reagindo à publicação da ata da última reunião monetária do Banco Central Europeu (BCE) e de olho em falas de dirigentes da entidade, que divergiram sobre suas posições monetárias. Dados da Alemanha também orientaram os negócios da sessão.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,27%, a 7.486,67 pontos, empurrado para o lado positivo por bons resultados de petroleiras no mercado futuro. Nesta sexta, tanto a Shell quanto a BP fecharam em alta de quase 1%.

Enquanto isso, o CAC 40, em Paris, avançou 0,08%, a 6.712,48 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,05%, a 24.718,81 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,39%, a 8.421,10 pontos. Por fim, na bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,04%, a 5.877,95 pontos. As cotações são preliminares.

O índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,01%, a 14.541,38 pontos. Nesta sexta, a Alemanha revisou para cima sua estimativa de PIB, que cresceu 0,4% entre o segundo e o terceiro trimestre. Já o índice de confiança do consumidor alemão subiu a -40,2 em dezembro, segundo o GfK, o que, para a Oxford Economics, confirmou o pessimismo de consumidores, “embora as intervenções fiscais do governo amorteçam parcialmente o golpe”.

Mais cedo, o dirigente do BC europeu Madis Müller defendeu ser “muito arriscado esperar que uma desaceleração da economia, sozinha, diminua o aumento de preços novamente”, destacando que os bancos centrais devem agir o quanto antes. Na ata da última reunião monetária, publicada na quinta, o BCE levantou a possibilidade de um aperto monetário menor em caso de recessão “profunda”.

Entretanto, um funcionário do BCE disse ao site Econostream que não vê “cenário realista” para um aperto na zona do euro. Ainda na ata, a indicação foi que nem todos os dirigentes entraram em acordo sobre o ritmo do aumento dos juros, o que levanta dúvidas sobre a próxima decisão, segundo relatório do Commerzbank.

Já o economista-chefe da entidade monetária, Philip Lane, alertou sobre que os reajustes salariais na zona do euro deve ser um fator a pressionar a inflação pelos “próximos vários anos”.