02/06/2025 - 14:04
As bolsas europeias encerraram o primeiro pregão de junho sem direção única, em um cenário de cautela, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas sobre aço, que reacenderam as tensões comerciais globais.
Em Londres, o FTSE 100 subiu discretos 0,02%, aos 8.774,26 pontos. O DAX, em Frankfurt, recuou 0,28%, aos 23.930,67 pontos, e o CAC 40, em Paris, caiu 0,19%, aos 7.737,20 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,26%, aos 39.984,15 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 avançou 0,36%, aos 14.202,80 pontos, e o PSI 20, em Lisboa, ganhou 0,50%, aos 7.425,73 pontos. Os dados são preliminares.
As ações de siderúrgicas como a ArcelorMittal (-0,15%) caíram, pressionadas pelo anúncio de Donald Trump de que pretende dobrar as tarifas sobre aço e alumínio, de 25% para 50%. O setor automotivo também foi atingido: a Stellantis, negociada em Milão, recuou 4,96%, enquanto Mercedes-Benz (-2,68%), BMW (-2,43%) e Volkswagen (-1,95%) fecharam em baixa. Entre as empresas de luxo, tradicionalmente fortes em exportações, a Hermès perdeu 1,36%.
O clima nos mercados europeus foi de cautela após os EUA anunciar aumento nas tarifas sobre commodities metálicas. A tensão ganhou mais um capítulo com declarações americanas sobre defesa de Taiwan, que provocaram uma resposta firme da China. Pequim também negou qualquer violação de acordos.
Agora, os investidores voltam as atenções para a reunião entre representantes comerciais da União Europeia e de Washington, marcada para quinta-feira, mesmo dia em que o Banco Central Europeu divulgará sua decisão sobre os juros.
No campo macroeconômico, o PMI industrial do Reino Unido surpreendeu positivamente, enquanto o índice da zona do euro confirmou as expectativas e o da Alemanha decepcionou o mercado.