28/08/2025 - 13:31
As bolsas da Europa fecharam nesta quinta-feira, 28, sem sinal único, com noticiário intenso, incluindo a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE). Os dirigentes demonstraram receio com a expansão da dívida pública podendo impulsionar a inflação. O tema fiscal é justamente o que está por trás da crise política na França, que se arrasta nos últimos dias, enquanto se aproxima a votação de confiança no governo no dia 8 de setembro. Nesta quinta, a União Europeia apresentou ainda duas propostas de redução de tarifas para implementar o acordo comercial com os EUA. Além disso, o balanço da Nvidia divulgado na quarta-feira, 27, foi destaque.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,20%, a 553,67 pontos. Em Londres, o FSTE 100 caiu 0,42%, a 9.216,82 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,01%, a 24.044,23 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,24%, a 7.762,60 pontos. As cotações são preliminares.
A Nvidia ampliou lucro e receita no trimestre, em números classificados como “impressionantes” pela analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank. Mas os resultados foram insuficientes para cumprir as expectativas otimistas dos mercados. Houve particular preocupação com os sinais de desaceleração do crescimento das vendas, diante de restrições americanas a exportações para a China. Em Amsterdã, a concorrente ASML recuou 0,89%.
Na turbulência francesa, o ministro da Economia e das Finanças da França, Eric Lombard, disse que não vê nenhum risco de crise financeira nacional. “O país é rico, está crescendo, é administrado, está sob controle, e as empresas francesas estão fazendo seu trabalho”, afirmou.
Segundo Lombard, a França não tem dificuldade em financiar a própria economia e ressaltou que o déficit público será reduzido para 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final do ano, como planejado.
Nesta quinta, as principais montadoras europeias ganharam impulso após a divulgação de dados de vendas de julho, os melhores dos últimos 15 meses, com híbridos e elétricos em destaque. Renault liderou a alta, com aumento de 3,64% em Paris e Milão enquanto as alemãs registraram movimentações mais modestas.
Em Frankfurt, o Deutsche Bank recuou 0,41%, depois que reguladores em Hong Kong multaram o banco alemão em 23,8 milhões de dólares de Hong Kong por infrações como cobrança excessiva de taxas de gestão a clientes.
Em Paris, a ação da Pernod Ricard subiu 1,63%, após a fabricante de bebidas alcoólicas projetar melhora nas vendas à frente.
Em Milão, as ações da Telecom Italia despencaram 8,79% após o anúncio de que as negociações com a rival Iliad para uma possível fusão foram completamente encerradas. Ali, o FTSE MIB subiu 0,23%, a 42.447,10 pontos.
Em Madri, o Ibex 35 avançou 0,34%, a 15.071,40 pontos, retomando o nível de 15 mil. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,17%, a 7.802,78 pontos.