Por Laís Adriana

São Paulo, 21/01/2025 – As bolsas da Europa operam sem sinal único, oscilando próximas à estabilidade. Investidores europeus ponderam dados locais e perspectivas para as políticas econômicas de Donald Trump nos EUA. Apesar de abordagem mais branda que a esperada, o republicano já anunciou tarifas contra Canadá e México em seu primeiro dia de mandato e assinou ordens executivas para priorizar a exploração de combustíveis fósseis nos EUA.

Por volta das 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,20%, a 524,90 pontos.

Ações europeias de montadoras de veículos, de energia eólica e ligadas à commodities foram os principais grupos abalados pelo início da gestão de Trump e sua série de ordens executivas. Às 07h25 (de Brasília), o índice Ibex 35 caía 0,36% em Madri. Em Lisboa, o PSI 20 cedia 0,62%. Em Paris, o CAC 40 subia 0,23%

Os papéis da dinamarquesa Orsted tombavam 15% em Copenhagen, após a empresa revelar perdas de 12,1 bilhões de coroas dinamarquesas (cerca de US$ 1,7 bilhões) ligadas aos seus projetos de turbinas eólicas nos EUA. Ontem, Trump anunciou interrupção de arrendamento de energia eólica federal e permissões para novas iniciativas de exploração.

Já as montadoras Stellantis (-1,07%) e Volkswagen (-0,31%) tinham queda, ante temores sobre redução na competitividade com os EUA diante das novas tarifas, colocando em segundo plano o crescimento nos registros de novos carros na União Europeia em 2024. Em Milão, o FTSE MIB caía 0,20. Em Frankfurt, o DAX tinha queda marginal de 0,04%, praticamente estável, apesar da piora significativa nas expectativas econômicas da Alemanha em janeiro.

Assim, o mercado europeu operava volátil e com dificuldade de firmar direção, monitorando também nova rodada de balanços nos EUA e o Fórum Econômico Mundial em Davos.

Em Londres, o FTSE 100 avançava 0,11%, limitado pelas ações da Glencore (-0,88%), Anglo American (-1,55%) e Antofagasta (-0,96%), em meio a forte baixa de commodities metálicas. A leve alta no mercado britânico reflete o avanço na taxa de desemprego do Reino Unido a 4,4% no trimestre até novembro, o que voltou a alimentar expectativas por cortes de juros do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês), colocando em segundo plano nova aceleração dos salários.

Contato: lais.almeida@estadao.com

*Com informações da Dow Jones Newswires