As bolsas de Nova York tiveram um pregão volátil nesta segunda-feira, 2, revertendo as quedas iniciais e encerrando em alta, com o S&P 500 impulsionado por siderúrgicas. Empresas de tecnologia também deram suporte, mesmo diante das tensões comerciais entre Washington e Pequim e da cautela dos investidores antes dos dados de emprego nos Estados Unidos.

O Dow Jones subiu 0,08%, aos 42.305,48 pontos; o S&P 500 avançou 0,41%, aos 5.935,94 pontos; e o Nasdaq encerrou em alta de 0,67%, aos 19.242,61 pontos, impulsionado pelo setor de tecnologia.

Segundo o novo relatório da FactSet, cerca de 86% das empresas do grupo conhecido como “Sete Magníficas” superaram as expectativas de lucro por ação no primeiro trimestre deste ano.

A Cleveland-Cliffs subiu 23,7%, a Nucor ganhou 10,2% e a Steel Dynamics avançou 10,3%, após o presidente Donald Trump anunciar o aumento das tarifas sobre o aço para 50%. Fora das ações ligadas ao setor siderúrgico, a mineradora de ouro Newmont se destacou, com alta de mais de 5,5% e a Boeing avançou 2%, depois que o BofA recomendou a compra das ações.

Por outro lado, General Motors (-3,87%) e Ford (-3,85%) recuaram refletindo o temor de que as novas tarifas sobre o aço elevem os custos de produção nas fábricas americanas. Já a Tesla caiu 1,09%.

O clima nos mercados foi de cautela após os EUA anunciar aumento nas tarifas sobre commodities metálicas. A tensão ganhou mais um capítulo com declarações americanas sobre defesa de Taiwan, que provocaram uma resposta firme da China. Pequim também negou qualquer violação de acordos.

“Investidores e empresas continuam enfrentando muita incerteza relacionada às tarifas, à política fiscal e a como a política monetária vai responder”, afirmou Bill Merz, do U.S. Bank Wealth Management.

No cenário macroeconômico, o PMI industrial dos EUA ficou abaixo das expectativas, enquanto o PMI da S&P Global superou as projeções. Os investidores também permanecem atentos aos desdobramentos do projeto tributário americano, preocupados com o quadro fiscal do país, embora o governo americano tenha garantido que o país nunca ficará inadimplente.

*Com informações da Dow Jones Newswires