Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta nesta terça, 13, em sessão marcada pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e com mercado de olho na decisão do Federal Reserve (Fed) nesta quarta, 14. Os indícios de redução nas pressões inflacionárias reforçaram a percepção de que o banco central americano deverá reduzir seu aperto monetário, que visa justamente conter os preços elevados.

O índice Dow Jones fechou em alta 0,30%, aos 34.108,64 pontos, o S&P 500 subiu 0,73%, aos 4.019,65 pontos e o Nasdaq cresceu 1,01%, aos 11.256,81 pontos.

Hoje, o Departamento do Trabalho publicou o CPI dos EUA, que avançou abaixo do esperado pelo mercado, o que ajudou a aumentar o apetite por risco de investidores. Para Edward Moya, analista da Oanda, as ações adotaram um relatório que apoia a ideia de que o Fed poderia acabar com o aumento das taxas após a reunião do Fed de fevereiro. “O Fed pode não ter que elevar as taxas para 5,00% ou mais e isso é uma notícia surpreendente para os traders de ações”, avalia.

No entanto, segundo relatório da S&P Global, o humor entre os investidores de ações dos EUA piorou em dezembro, com o retorno provisório do apetite ao risco visto em outubro evaporando ainda mais. “Com quase um em cada oito investidores antecipando uma recessão profunda e outros 70% esperando uma recessão moderada, o ambiente macroeconômico continua sendo uma preocupação importante para os mercados”, avalia.

Entre os destaques do pregão, está a compra de 787 aeronaves da Boeing por parte da United Airlines. O acordo é “o maior pedido de fuselagem larga por uma transportadora dos EUA na história da aviação comercial”, de acordo com o comunicado de imprensa da United. A United Airlines fechou em baixa de 6,94% e a Boeing fechou em alta de 0,46%%. A companhia aérea seguiu tendência de quedas de pares, como American Airlines (-5,28%) e Delta Air Lines (-4,00%), em dia no qual a JetBlue sinalizou demanda abaixo do esperado para o setor. Já a Tesla recuou 4,09%, enquanto investidores da empresa questionam a atenção que o CEO Elon Musk dá ao Twitter, recém adquirido.