Os mercados acionários de Nova York fecharam a segunda-feira, 12, em alta, com perspectiva de redução do ritmo da alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião desta semana. Além disso, são esperados números da inflação ao consumidor dos Estados Unidos em novembro, que saem na terça-feira. As bolsas operaram em alta moderada na maior parte do dia, mas ganharam tração na última hora de pregão e fecharam com ganhos superiores a 1%.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,58%, a 34.005,04 pontos, o S&P 500 avançou 1,43%, aos 3.990,56 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,26%, a 11.143,74 pontos.

Na visão de Edward Moya, da Oanda, a sessão desta segunda, que antecede a publicação do índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e a última reunião do BC norte-americano, deveria ter sido tranquila. Entretanto, uma pesquisa do Fed de NY mostrou que as expectativas de inflação de consumidores caíram para os horizontes de um, três e cinco anos, o que impulsionou as ações, de acordo com o analista.

Segundo mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, o CPI avançou 0,2% entre outubro e novembro, e subiu 7,3% na comparação anual.

No domingo, foi veiculada uma entrevista da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, indicando que não seria necessária uma recessão no país para baixar a inflação. Ainda segundo Moya, “Yellen indicou um argumento forte, mas os traders precisarão ver o que acontece com a inflação nos próximos relatórios de inflação. Uma recessão ainda é o cenário de base provável, mas ainda há uma chance de ser evitada”.

Entre os destaques do pregão, a Microsoft subiu 2,89% após notícia de que a empresa firmou uma “parceria estratégica” com o London Stock Exchange Group (LSEG), que incluiu a compra de 4% de ações por parte da gigante de tecnologia. Já a Boeing teve alta de 3,72% após a publicação de relatório de venda de aeronaves da Air India. A Amgen, por sua vez, recuou 0,67% depois que a empresa anunciou a compra da Horizon Therapeutics, que saltou mais de 15%.

Em relatório, a Fitch Ratings diz esperar uma piora de cenário para ações do setor de tecnologia americano, que será impactado por uma “menor demanda devido ao crescimento macroeconômico mais fraco”. Fabricantes de hardware voltados para o consumidor e seus fornecedores de semicondutores de alto custo fixo serão os mais impactados ano que vem, projeta a agência de classificação de risco.