As Bolsas ao redor do mundo operavam em alta nesta segunda-feira após a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais americanas, apesar da recusa de Donald Trump a reconhecer a derrota e do anúncio de ações legais para contestar o resultado.

Na Europa, a Bolsa de Londres operava em alta de 1,5%, Frankfurt avançava 1,7% e Paris 1,5%. Madri ganhava 1,36% e Milão 1,86%

“Esta é a primeira oportunidade para os mercados de reagir à notícia de Biden desde o fim de semana e os primeiros sinais são promissores”, afirmou Richard Hunter, diretor de mercados da Interactive Investor.

Na Ásia, o índice Nikkei fechou em forte alta de 2,12%, a 24.839,84 pontos, nível que não registrava desde 1991.

“O sentimento dos investidores melhorou muito devido ao retrocesso dos riscos na política americana”, afirmou o estrategista da Okasan Online Securities, Yoshihiro Ito.

As Bolsas da China também iniciara a semana de maneira positiva: em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,18%, enquanto o índice composto de Xangai progrediu 1,86% e o de Shenzhen 2,25%.

“Há coisas boas e ruins (para os mercados financeiros) com a vitória de Biden, mas ao menos o risco de um processo eleitoral prolongado desapareceu”, declarou Shoji Hirakawa, estrategista do Instituto de Pesquisas Tokai Tokio.

As Bolsas já haviam registrado altas consideráveis desde quarta-feira da semana passada, aliviadas por terem escapado de uma “onda azul” democrata, já que o equilíbrio de poder que se perfila entre republicanos e democratas no Congresso limitará a margem de manobra de Biden para aplicar algumas medidas que figuram em seu programa, como o aumento de impostos para os ricos e as grandes empresas.

“Biden terá que trabalhar com um Senado controlado pelos republicanos para adotar um plano de estímulo orçamentário para apoiar a economia”, destacou Nigel Green, da empresa de assessoria financeira deVere.

Vários indicadores tranquilizadores também contribuem para manter os mercados no azul.

O desemprego recuou mais que o esperado em outubro nos Estados Unidos, de acordo com dados publicados na semana passada, o que sugere que o mercado de trabalho americano continua melhorando, apesar da lenta recuperação econômica e da pandemia.

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