As principais Bolsas mundiais estavam instáveis nesta quarta-feira (4) devido à incerteza na contagem dos votos das eleições nos Estados Unidos e à vitória reivindicada por Donald Trump, embora os resultados finais ainda não tenham sido publicados.

Bolsas da Ásia fecham majoritariamente em alta, de olho em apuração nos EUA

+Trump afirma que venceu eleição e anuncia recurso à Suprema Corte para contestar apuração

Após abertura em queda, alguns mercados europeus estavam se recuperando e, por volta das 10h00 (6h00 de Brasília), a Bolsa de Paris ganhava 0,27% e Londres 0,05%.

No entanto, Frankfurt perdia 0,45%, Madri 1,05% e Milão 0,98%.

Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em forte alta, de 1,72%, na esteira de Wall Street, que havia encerrado no verde.

O Hang Seng de Hong Kong terminou com perda de 0,21%, o índice de Xangai subiu 0,19% e o de Shenzhen 0,31%.

Além da eleição nos Estados Unidos, os mercados chineses sofriam o golpe do anúncio da véspera do adiamento do IPO do Ant Group, gigante do pagamento online chinês, o que pesou sobre as ações do Alibaba.

Donald Trump reivindicou a vitória nas eleições, embora a contagem dos votos ainda esteja em andamento, especialmente em vários estados importantes.

“Há uma grande incerteza sobre o que Trump diz sobre a fraude nas eleições e sua intenção de apelar à Suprema Corte”, afirmou à AFP o analista Naeem Aslam.

“Trump acaba de declarar guerra”, acrescentou Neil Wilson, da Markets.com, para quem essas declarações do presidente explicam a queda inicial dos índices.

No plano cambial, o dólar ganhava terreno e subia 0,38%, a 1,1673 por euro, ante 1,1715 dólar no dia anterior.

“Foi declarado que se Donald Trump fosse eleito, isso aumentaria o dólar. E é o que está acontecendo atualmente”, comentou John Plassard, da Mirabaud Securities.

O preço do barril de petróleo avançava ligeiramente, subindo +0,37% em Nova York para o barril de WTI para entrega em dezembro e +0,23% em Londres para o barril de Brent com entrega em janeiro.

Embora, neste momento, seja impossível saber quem entre Donald Trump e Joe Biden ocupará a Casa Branca nos próximos quatro anos, o presidente já reivindicou sua vitória e anunciou que apelará à Suprema Corte para contestar a contagem.

Em meio a tantas incertezas, o banco ING afirma que “uma das poucas coisas que até agora estão claras é que não teremos uma vitória esmagadora dos democratas, como sugeriam as pesquisas, e isso desestabilizou o mercado, que se posicionou para um resultado claro”

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