04/11/2021 - 19:59
De volta ao YouTube após ser suspenso por divulgar fake news envolvendo vacina e Aids, o presidente Jair Bolsonaro, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, chamou hoje o leilão do 5G de “coisa fantástica”. Ao lado do chefe do Executivo na live, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que o certame, iniciado nesta quinta-feira, 4, na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vai passar dos R$ 50 bilhões.
De acordo com o ministro, 100% das estradas brasileiras vão ficar conectadas à internet com a instalação da rede 5G no País. “É uma pauta dos caminhoneiros”, declarou Faria, sobre o grupo que pressiona o governo por redução no preço do diesel. Ele ainda disse que, em dez anos, o 6G deve ser uma realidade mundial.
Assim como fez de manhã, Bolsonaro afirmou que o 5G vai ajudar indígenas a disseminar uma visão positiva sobre o governo no exterior. “Não as mentiras que saem de grande parte da mídia para fora do Brasil”, declarou.
G20
O presidente ainda voltou a comentar sobre sua passagem pelo G20, marcada por isolamento e dificuldade na interlocução com líderes de outros países. Sem citar que teve apenas dois encontros bilaterais durante o evento – com o presidente da Itália, Sergio Matarella, e com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann -, Bolsonaro disse na live que o idioma foi um limitador na cúpula. “É uma dificuldade você conversar dada a língua, você conversa só o essencial.”
O chefe do Executivo ainda voltou a citar que se encontrou informalmente no G20 com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel – em quem teria dado um pisão no pé. “A OMS é quem dá o norte da questão da vacina no Brasil”, afirmou Bolsonaro durante a live, mesmo após ter contrariado, ao longo da pandemia, recomendações da entidade sobre vacinação, uso de máscaras e isolamento social.
Ainda sobre vacinas, o presidente disse esperar que a portaria editada pelo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, proibindo empresas de demitir funcionários não imunizados contra a covid-19 tenha sucesso. A medida é contestada na Justiça por partidos como a Rede Sustentabilidade e o PSB.