O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve alta hospitalar na tarde desta quarta-feira, 15, após apresentar uma “excelente recuperação e melhora clínica”, segundo boletim médico. O ex-chefe do Executivo estava internado na unidade da zona sul de São Paulo, do Hospital Vila Nova Star, desde segunda, 11, quando passou por dois procedimentos cirúrgicos.

Uma das cirurgias tinha como objetivo corrigir uma hérnia de hiato, para tratar um quadro de refluxo, e a segunda, um desvio de septo, para melhorar a condição respiratória. Os procedimentos, feitos na terça-feira, 12, ocorreram “de forma satisfatória”, segundo médicos que acompanharam o ex-presidente.

Outra cirurgia que estava prevista no intestino foi descartada pela equipe médica, por causa do estado de saúde satisfatório de Bolsonaro.

Na saída do hospital, o ex-presidente cumprimentou apoiadores que estavam em frente à unidade.

A previsão é que Bolsonaro se hospede no Palácio dos Bandeirantes, a convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que visitou o ex-presidente no hospital. “Que bom encontrá-lo bem e disposto, presidente Jair Bolsonaro. Seguimos orando pelo senhor e que Deus acompanhe a sua recuperação”, escreveu Tarcísio em publicação nas redes sociais no dia 13.

A internação do ex-presidente ocorreu em meio às investigações sobre o esquema de venda ilegal de joias recebidas em missões oficias por integrantes do governo Bolsonaro. O caso segue para uma nova etapa com a homologação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e braço-direito do ex-presidente.

Como mostrou o Estadão, a delação de Cid preocupa cada vez mais o ex-presidente e sua família. Um interlocutor de Bolsonaro disse, sob reserva, que ninguém no PL tem dúvidas de que mais denúncias contundentes vão aparecer, e não somente relativas ao escândalo das joias. O depoimento do ex-ajudante de ordens pode, inclusive, fazer Bolsonaro ser expulso do Exército e deixar de ser capitão reformado.