17/02/2020 - 11:05
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (17) que a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) não era utilizada de forma adequada no passado. O órgão foi alvo de mudanças recentemente. Antes, a secretaria era subordinada à Secretaria-Geral da Presidência, chefiada pelo ministro Jorge Oliveira. Agora, a SAE está ligada diretamente ao gabinete presidencial, sob o comando do almirante Flávio Augusto Viana Rocha.
Segundo Bolsonaro, a alteração foi apenas uma questão de “cozinha interna”. “Todo o time está unido. Objetivo é um só. A SAE, no passado, acho que não era utilizada da forma adequada”, disse o presidente. Como já mostrou o Estado/Broadcast, a avaliação de auxiliares no Palácio do Planalto é que, com a mudança, Bolsonaro tenta se afastar da ala radical do seu time e caminha para adotar um discurso mais conciliador com o Congresso e com o Judiciário em seu segundo ano de mandato.
Na manhã desta sexta, Bolsonaro ainda elogiou o novo chefe da SAE. “Fala seis idiomas, foi assessor parlamentar, é muito querido. Pessoa adequada, conciliadora, inteligente para ajudar nessas questões estratégicas do Brasil”, afirmou.
Casa Civil
O presidente ainda afirmou que as atribuições da Casa Civil, que foi esvaziada recentemente e teve o comando trocado, estão de “bom tamanho”, e que o órgão não deve receber outras funções. Segundo ele, o novo ministro da pasta, General Braga Netto, terá a missão de “coordenar os ministérios”.
“Braga Netto (novo ministro da Casa Civil) foi muito bem como interventor na segurança no Rio. Homem inteligente também, organizador, disciplinador, ele vai ser quem vai coordenar os ministérios. Essa é a maior missão que ele está recebendo no momento”, disse o presidente, que ainda negou a possibilidade de a Secretaria Especial de Cultura voltar para o Ministério da Cidadania, agora chefiado pelo ex-Casa Civil, Onyx Lorenzoni.