Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro exaltou nesta terça-feira o acordo de transferência de tecnologia por meio do qual a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai produzir vacinas da AstraZeneca contra Covid-19 e aproveitou o evento para elogiar o trabalho dos ex-ministros Eduardo Pazuello, da Saúde, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, na negociação.

“Nisso que acabamos de assinar agora, ou melhor, fazer aqui uma devida ressalva, cumprimentar o trabalho do antecessor do Queiroga, o Eduardo Pazuello, e do antecessor também do Carlos França, Ernesto Araújo, que trabalharam e muito nessa questão deste acordo que acabamos de assinar”, disse ele.

Pazuello e Ernesto deixaram o governo neste ano após fortes críticas que recebiam –inclusive de aliados do governo– sobre a atuação que tinham, em especial na questão da compra de vacinas contra Covid-19.

Mais cedo, Pazuello foi nomeado nesta terça-feira para o cargo de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

O ex-ministro, que é general da ativa, vai despachar no Palácio do Planalto, no momento em que enfrenta um processo disciplinar no Exército por ter participado de um ato político em defesa do governo, no Rio de Janeiro, há 10 dias. Esse tipo de participação é vedado aos militares da ativa.

No evento, Bolsonaro disse ainda que o acordo é um grande passo e que o país poderá ser o quinto ou o sexto a produzir IFA de vacina contra Covid-19 no mundo, podendo brevemente exportar vacinas.

“Apenas cumprimento a todos os envolvidos e quero dizer que o Brasil é um país responsável e tem um governo que se preocupa com a vida do próximo”, finalizou ele, ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

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