27/06/2023 - 21:01
O ministro Benedito Gonçalves afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi “integralmente responsável” pela reunião com embaixadores no Palácio do Alvorada, em julho do ano passado, em que atacou a Justiça Eleitoral e colocou dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas.
Segundo o relator da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), testemunhas de defesa de Bolsonaro, como Carlos Alberto Franco França, ex-ministro das Relações Exteriores; Flávio Augusto Viana Rocha, ex-secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República; e Ciro Nogueira, ex-ministro-chefe da Casa Civil, negaram participação na reunião.
Ainda conforme o ministro, o custos do encontro, de R$ 12 mil, não refletem a “inteireza dos recursos públicos empregados”. “O valor (da reunião) nem mesmo se estima em dinheiro, maior destaque está na solenidade”. “O convite (aos embaixadores) não indicava assunto da reunião e representantes diplomáticos assistiram, por mais de 1 hora, a uma apresentação que envolvia elogio do mandatário a si mesmo, ataque hacker ao TSE, críticas à atuação de servidores públicos, ilações a respeito de ministros deste tribunal, exaltação à atuação das Forças Armadas e exaltação do voto impresso recusado pelo Congresso”, destacou Gonçalves.