O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o governo pode propor taxação de lucros e dividendos para preservar o Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano.

Segundo o chefe do Executivo, a equipe econômica estuda fixar alíquota de 15% sobre ganhos acima de R$ 400 mil mensais. A declaração de Bolsonaro é uma resposta às críticas de opositores após ter enviado ontem ao Congresso Nacional uma Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 que prevê valor médio mensal de R$ 405 para o benefício, apesar de ter prometido manter os R$ 600 atuais.

“A gente não quer 27,5% (de taxação), a proposta da equipe econômica é 15%. Com essa taxação, é possível ainda fazer a correção da tabela do Imposto de Renda. Para botar (a manutenção do auxílio em R$ 600 na PLOA), tenho que achar espaço (no orçamento) para isso. No momento, não tem espaço para isso”, defendeu-se durante a tradicional transmissão semanal nas redes sociais.

Outra proposta analisada pela equipe econômica para manter o auxílio em R$ 600 é estender a vigência do decreto de calamidade pública, caso a guerra da Ucrânia continue. O valor do benefício virou alvo de disputa eleitoral entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O petista já sinalizou que pretende retomar o Bolsa Família, pagando parcelas de R$ 600 e tem acusado o adversário de mentir sobre as garantias de manter as parcelas atuais.