11/02/2015 - 10:43
A Bovespa se recupera da queda de terça-feira, 10, operando em alta nesta primeira meia hora de negócios, a despeito da espera por soluções para os problemas da Petrobras e das preocupações com a economia brasileira que estão pressionando o dólar e os juros futuros para cima. Em relação ao exterior, o sentimento é de compasso de espera pelo resultado da reunião de ministros de Finanças da zona do euro que vai decidir sobre a dívida da Grécia nesta quinta-feira. A tentativa de recuperação da Bolsa é liderada principalmente por Vale, Petrobras, bancos e siderúrgicas.
Às 10h28, o Ibovespa subia 0,35%, aos 48.681,63 pontos. Vale ON e Vale PN exibiam ganhos próximos de 2%. Gerdau PN estava em +1,33% e CSN ON, +1,21%. Itaú Unibanco PN operava estável.
No horário acima, Petrobras PN subia 1,68%, e Petrobras ON, +1,13%, apesar da queda nos preços do petróleo no exterior enquanto os investidores aguardam pelos números dos estoques de petróleo norte-americanos. Na terça-feira, 10, em entrevista ao Jornal Nacional, o novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou que “o número de R$ 88 bilhões” citado recentemente pela empresa “não é um indicativo” para as perdas no balanço do terceiro trimestre do ano passado. Bendine confirmou, no entanto, que haverá uma baixa de ativos no balanço. O novo presidente da Petrobras também disse que o Conselho de Administração da estatal lhe deu “total autonomia e liberdade na gestão”, ao fazer o convite para assumir o cargo.
BM&FBovespa caía 2,26%, após a empresa ter reportado lucro abaixo do esperado no balanço do quarto trimestre do ano passado, de R$ 232,4 milhões. Também divulgou resultados para o período o Banco do Brasil. A instituição anunciou lucro líquido ajustado, que desconsidera eventos extraordinários, de R$ 3,020 bilhões no quarto trimestre do ano passado, em linha com as estimativas. BB ON subia 2,12%.
No exterior, as bolsas europeias recuam, assim como operam levemente no vermelho os futuros das ações em NY. O mercado aguarda a definição sobre a dívida da Grécia, que pode sair da reunião dos ministros de Finanças que está sendo realizada hoje. O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, reafirmou que a dívida externa do país não pode ser paga no curto prazo e, portanto, precisa ser reduzida. A declaração foi dada em entrevista à revista alemã Stern publicada nesta quarta-feira. Às 10h23, a Bolsa de Frankfurt mostrava perda de 0,22% e a de Londres, de 0,43%. Em Wall Street, o S&P futuro cedia 0,15% e o Dow Jones futuro, -0,20%.