O mau humor dos investidores internacionais foi determinante para a queda de 0,35% da Bovespa nesta terça-feira, 27 – a terceira consecutiva. O Índice Bovespa terminou o dia aos 47.042,94 pontos, acumulando perda de 1,40% em três dias. O volume financeiro total na bolsa brasileira foi de R$ 5,868 bilhões.

As ações chegaram a ensaiar uma alta pela manhã, quando o Índice Bovespa atingiu a máxima de 47.338 pontos (+0,27%), mas não tiveram fôlego diante do desempenho negativo das bolsas na Europa e nos Estados Unidos. Lá fora, os investidores operaram com cautela diante da proximidade da decisão do Federal Reserve sobre os juros básicos da economia, mas repercutiram negativamente a queda dos preços do petróleo e alguns resultados corporativos aquém do esperado.

No ambiente doméstico, o destaque foi a divulgação da revisão da meta fiscal de 2015 que passou de superávit de 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) para um déficit de aproximadamente 0,8% do PIB. Isso significa um rombo nas contas públicas de R$ 51,8 bilhões, excluídas as chamadas pedaladas fiscais. O número não fugiu às estimativas do mercado e teve ainda como anteparo um relatório divulgado mais cedo pela Moody’s afirmando que o dado não era surpresa para a agência.

O relatório da Moody’s foi interpretado como um sinal de que o risco de um rebaixamento do rating brasileiro por conta da revisão da meta de 2015 está afastado. Com isso, o impacto da notícia sobre as ações foi marginal.

Entre as ações que compõem a carteira teórica do Índice Bovespa, as da Petrobras exerceram forte pressão de baixa sobre o índice. Os papéis refletiram a queda dos preços do petróleo no mercado internacional, diante da redução da demanda mundial pela commodity, num sinal de desaceleração econômica. Ao final dos negócios, Petrobras ON teve queda de 3,85% e Petrobras PN, de 3,18%. As ações da Vale também recuaram significativamente, seguindo a queda dos preços das commodities. Vale ON e PNA fecharam em baixa de 4,65% e 2,58%, respectivamente.