Apesar do ganho e da boa avaliação dos analistas, a ação do banco presidido por Luiz Carlos Trabucco acompanhou o mau resultado dos outras papéis do setor bancário e de todo o mercado financeiro brasileiro. Entre segunda e quinta-feira, elas cederam 3,3%. 

 

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Trabucco, presidente do Bradesco: ações recuam apesar do bom resultado

 

As indefinições em relação ao controle da inflação no Brasil têm prejudicado o desempenho dos papéis ligados ao mercado doméstico, o que inclui os bancos, na opinião do chefe de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche. “Para que isso se reverta, o investidor tem que voltar a confiar na atuação do Banco Central no controle da inflação, sem que enxugue demais a oferta de crédito no País”, avalia.

 

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Enquanto isso não acontece, o Bradesco segue forte. E as perspectivas de crescimento para o ano deverão beneficiá-lo. “São positivas as projeções de aumento de crédito este ano, marcada pelo forte potencial de expansão das pequenas e médias empresas”, afirma a analista Luciana Leocádio, da Ativa Corretora. Para esta área, o Bradesco espera avanço de  20% a 24% nos financiamentos. A carteira total em 2011 pode crescer entre 15% e 19%. 

 

 

Destaque no pregão


Escorregão da Redecard 

 

O lucro líquido da Redecard caiu 13,4% no quarto trimestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009, para R$ 348,7 milhões. No fechado do ano, no entanto, houve um pequeno avanço de 0,3%, para R$ 1,4 bilhão. A companhia viu sua receita líquida crescer 2,1% em bases trimestrais, para R$ 886,7 milhões, e 10,5% em todo o ano de 2010, alcançando R$ 3,4 bilhões.  No ano, as ações caíram 21,6%.O presidente Roberto Medeiros diz que o volume de transações da empresa em 2011 deverá ser superior ao resultado do mercado.

 

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Palavra de analista

 

O ano de 2011 continuará desafiador para o setor de cartões no Brasil. Segundo Daniel Malheiros, analista da Spinelli Corretora, ainda deverá ser observada uma perda de rentabilidade nos próximos trimestres. “O investidor terá que olhar com atenção a evolução da participação de mercado e a entrada de novas companhias no mercado”, avalia. Para a Redecard, ele sugere manutenção das ações e tem preço-alvo de R$ 22,09.

 

 

Imóveis


Mais uma aquisição da Lopes

 

A Lopes Brasil anunciou na terça-feira 1º a compra de 60% da imobiliária curitibana Thá Pronto. O negócio é estimado em R$ 20,9 milhões, mas pode chegar a R$ 45 milhões. Isso porque a empresa vai desembolsar uma parcela inicial de R$ 7,4 milhões e saldar o resto em três parcelas variáveis, considerado resultados da companhia e cenário. A compra faz com que a CrediPronto! – empresa de financiamento da Lopes e do Itaú Unibanco – passe a deter a exclusividade de financiamentos da Thá, ampliando sua penetração no mercado.

 

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Maiores altas da semana

 

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Maiores baixas da semana

 

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As 10 mais negociadas do Ibovespa

 

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Desempenho das empresas por setor de atividade econômica

 

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Termômetro do mercado

 

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Bolsa no mundo

 

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Educação financeira

 

Em Fundos De Investimento – Conheça Antes de Investir o autor Luiz Roberto Calado explica como escolher o fundo  de acordo com o perfil de tolerância ao risco do investidor, por que diversificar e outras questões para que a aplicação seja cada vez mais rentável e consciente.(Elsevier, R$ 49,90)

 

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Quem vem lá


Espetáculo no pregão

 

Conhecida por promover a maioria dos shows internacionais no Brasil, como os do U2, banda liderada por Bono Vox, a Time for Fun (T4F) enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido para listar ações na BM&FBovespa. A intenção da companhia é operar no Novo Mercado, por meio de uma oferta pública (IPO, na sigla em inglês), com distribuições primária e secundária. O BTG Pactual será o coordenador-líder da emissão.

 

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Fique de olho: a T4F, que tem o fundo Gávea entre os acionistas, é dona de quatro casas de shows no Brasil, incluindo Credicard Hall em São Paulo e Citibank Hall no Rio de Janeiro, e uma na Argentina, o Ópera Citi. Em 2010, sua receita líquida totalizou R$ 569,2 milhões e o lucro líquido, R$ 40,3 milhões.

 

 

Touro x urso

 

O ano começou com fortes oscilações e um cenário pouco claro na bolsa brasileira. O Ibovespa, principal indicador da BM&FBovespa, chegou a marcar 71.631 pontos no dia 13 de janeiro.  Porém, a segunda quinzena do mês foi marcada por perdas, gerando uma queda de 4,84% no período. O cenário continua incerto nos próximos dias e muito do resultado vai depender do fluxo de investimento estrangeiro no mercado. Para esta semana, os investidores brasileiros têm na agenda a divulgação do IPCA de janeiro, marcada para terça-feira 8. Nos Estados Unidos, são aguardados o índice de confiança do consumidor de fevereiro, calculado pela Universidade de Michigan, e a Balança Comercial de Serviços de dezembro, ambos com divulgação prevista para a sexta-feira 11.

 

 

Personagem


Anhanguera aposta na expansão

 

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Teixeira, diretor de RI: mais 46 campi até 2012

 

O setor de educação é mais um dos que devem ganhar na onda do crescimento econômico e da massa salarial no Brasil. Os benefícios incluem incentivos e financiamentos do governo, e isso deve se refletir nos resultados de empresas. Uma delas é a Anhanguera Educacional. José Augusto Teixeira, diretor vice-presidente de planejamento e relações com investidores da companhia, conversou com DINHEIRO:

 

DINHEIRO – Como o sr. vê a educação no Brasil hoje?


JOSÉ AUGUSTO TEIXEIRA – O setor é formado por empresas predominantemente familiares, pouco profissionalizadas e com pequena escala. O estudante do ensino superior vem de uma classe média emergente e, em geral, não pode pagar muito. Tudo isso cria uma certa dificuldade de expansão. 

 

 

DINHEIRO – Como a Anhanguera tenta driblar esse cenário?


TEIXEIRA – Fazemos captações de recursos que são reinvestidos tanto na melhora das unidades já existentes quanto na expansão da rede. Oferecer mais unidades com melhor localização é uma forma de atrair mais alunos e reinvestir neste ciclo. 

 

 

DINHEIRO – Como será feita essa expansão da companhia?


TEIXEIRA – Pode ser por meio de aquisições ou crescimento orgânico. Desde o IPO, em 2007, já adquirimos 34 campi. Para cada caso, analisamos os custos das operações para decidir como será feita a expansão.

 

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DINHEIRO – Existem novas aquisições programadas?


TEIXEIRA – Sim. Até o final de 2010, faremos a aquisição de 40 campi e criaremos outras seis unidades.

 

 

DINHEIRO – Se a empresa busca expansão, por que se desfez da participação na rede de cursos de informática Microlins em 2010?


TEIXEIRA – A Microlins é uma rede com atuação muito diferente da Anhanguera e vinha crescendo a taxas pequenas para a empresa. Além de lucrar com a venda, ainda temos uma parceria de marketing cruzado. 

 

 

DINHEIRO – Por que a empresa migrou suas ações para o Novo Mercado em outubro passado?


TEIXEIRA – Foi uma demanda dos acionistas e investidores. 

 

 

DINHEIRO – Quando passou a negociar as ações ordinárias na bolsa, os papéis tiveram uma alta no primeiro mês, seguida de baixa no segundo. Como explicar esse movimento?


TEIXEIRA – A oferta ocorreu em um bom momento para o mercado, e o investidor aproveitou. Parte desse sucesso se transforma em realização no curto prazo. É um movimento normal.

 

 

Pelo mundo

 

BP tem primeiro prejuízo desde 1992 – O petróleo derramado no Golfo do México pela British Petroleum (BP) manchou  também o balanço da companhia. A petrolífera registrou perdas de US$ 4,9 bilhões em 2010, após lucrar US$ 13,9 bilhões em 2009. Este foi o primeiro prejuízo da companhia desde 1992. Segundo anunciado na terça-feira 1º, só o acidente no Golfo do México, em 2010, custou US$ 40,9 bilhões  para a BP.

 

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Chrysler reduz perdas - O grupo Chrysler reduziu seu prejuízo de US$ 3,7 bilhões em 2009 para 

US$ 652 milhões em 2010. Na mesma base de comparação, a receita subiu 136%, para US$ 42 bilhões. Na segunda-feira 31, o grupo divulgou que espera lucro líquido de até US$ 500 milhões e uma receita de US$ 55 bilhões em 2011.

 

 

BBVA lucra 9,4% mais - O grupo bancário espanhol BBVA divulgou na quarta-feira 2 um lucro de € 4,6 bilhões em 2010, 9,4% maior que em 2009. O resultado foi influenciado principalmente pelas operações na América Latina. No quarto trimestre, o lucro subiu quase 30 vezes, para € 939 milhões, em relação a 2009.

 

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Com Caio Moretto, Juliana Schincariol e Lilian Sobral