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Imprimir uma forte atuação em todos os segmentos tem sido uma regra para instituições financeiras no País. E não é diferente no Bradesco, melhor banco de 2023 segundo os critérios adotados pela DINHEIRO. Para o diretor-presidente, Octavio de Lazari Junior, essa conquista se deve ao trabalho contínuo dos profissionais em todos os níveis da organização. “Eles colocam enorme dedicação em tudo o que fazem e genuinamente querem encantar nossos clientes”, afirmou. Segundo o executivo, esse comprometimento fará com que os resultados sigam evoluindo gradualmente ao longo dos próximos anos. “No primeiro semestre tivemos crescimento em linhas importantes como operações de seguros e margem com o mercado, que deve melhorar ainda mais nos trimestres seguintes.”

A posição de liderança se reflete nos números. Na carteira de 72 milhões de clientes, 38,3 milhões são correntistas, divididos entre 36,5 milhões de pessoa física (1,5 milhão em alta renda) e 1,8 milhão em pessoa jurídica. Os ativos totais do Bradesco somam R$ 1,9 trilhão (dados de junho de 2023). O banco obteve R$ 20,7 bilhões de lucro líquido em 2022. No primeiro semestre deste ano, foram R$ 8,8 bilhões.

Uma das consequências práticas da dedicação ao cliente é a política de crédito. A organização estabelece limites pré-aprovados de acordo com o perfil e as condições do correntista.

Os modelos sofrem revisão contínua com uso intenso de dados e tecnologia. “Temos APIs que se conectam a nossos canais e de terceiros, o que permite uma oferta de crédito e taxa de juros de acordo com o perfil de crédito do cliente no momento da contratação da operação, tanto para pessoas físicas quanto para empresas”, disse o executivo do banco.

Como parte da estratégia do Bradesco, os segmentos de alta renda e agronegócio pavimentam a rota de expansão. Na alta renda, o banco adotou diferentes ações e abraça novos projetos com o objetivo de aumentar e melhorar a oferta.

“Constituímos a Tivio Capital, uma gestora de recursos independente em parceria com Banco BV.” O negócio segue uma tendência de olhar para novos espaços de mercado, que inclui a aquisição do banco americano BAC Flórida, em 2019, que desde o ano passado passou a se chamar Bradesco Bank.

“E ampliamos a oferta internacional, com lançamento de novos produtos, como o Bradesco Invest US, plataforma de investimentos no exterior, em parceria com a BlackRock; e o My Account, nossa conta internacional 100% digital”, afirmou Lazari.

O e-agro, plataforma digital lançada pelo banco para conectar produtores e fornecedores, está presente nas principais feiras do País, além de ampliar acordos com parceiros estratégicos na cadeia de insumos, máquinas e equipamentos.

No varejo, o banco fez ajustes para promover a transformação das agências e da estrutura física, além da ampliar a rede de correspondentes bancários ­— o Bradesco Expresso — que permite capilaridade e conveniência no atendimento com uma estrutura de custos variável.

As cadeias de saúde e de tecnologia também foram alvos recentes de investimentos e desenvolvimento do portfólio. Na área de saúde, por meio da Atlântica Hospitais, o banco comprou 20% do Hospital Santa Lúcia, referência no Centro-Oeste, criou uma companhia com o Grupo Fleury e o hospital paulistano Beneficência Portuguesa, para cuidados do paciente oncológico, e investiu na construção de um hospital em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein.

“Os nossos resultados irão evoluir gradualmente ao longo dos próximos anos. No primeiro semestre tivemos crescimento em linhas importantes como operações de seguros e margem com o mercado, que devem melhorar ainda mais nos trimestres seguintes.”
Octavio de Lazari Junior, diretor-presidente do Banco Bradesco

Para Lazari Junior, o fato de o Bradesco ser um dos maiores bancos de varejo do País também se deve ao atendimento às empresas de pequeno porte e grandes corporações, “as quais apoiamos desde o capital de giro até as operações de mercado de capitais, como emissões de bonds, IPOs e M&As através do Bradesco BBI”.

O banco é também um dos líderes em crédito rural, consórcios e gestão de recursos.

Administrar todas essas frentes exige pesados investimentos em tecnologia e inovação. Em 2023, o orçamento do banco contempla R$ 6 bilhões direcionados para cloud, computação gráfica e inteligência artificial generativa, entre outras funcionalidades, para impulsionar o ecossistema e a capacidade de operação.

Lazari ressalta que o uso de canais digitais tem aumentado muito nos últimos tempos em toda a indústria financeira.

“Aqui no Bradesco, 98% das transações de clientes são realizadas por canais digitais, sendo 94% concentradas no mobile e internet.”
Octavio de Lazari Junior, diretor-presidente

Nos Apps PF e PJ, somente de janeiro a junho, segundo Lazari, foram realizadas 1,6 bilhão de transações financeiras, 33% a mais em relação ao primeiro semestre de 2022, com uma média diária de 15 milhões de acessos ­— número 35% superior à média de junho passado.

Nos números do Pix, a evolução mensal é constante: mais de 130 milhões de brasileiros utilizam essa forma de pagamento. Destes, 25% são clientes Bradesco, que podem fazer transferências pelo Whatsapp com a Bia (Bradesco Inteligência Artificial) ou via Open Finance.

Cartões

Lazari também destaca as parcerias estratégicas implementadas com diversas bandeiras de cartão de crédito, entre elas Visa, Mastercard e Amex. A instituição criou, com outros bancos, a bandeira Elo, 100% brasileira. A atuação com bandeiras vai além: o Bradesco é pioneiro em carteiras digitais e, hoje, é o único a ter o Apple Pay para as quatro bandeiras.

Neste conjunto de ações e medidas para favorecer a jornada do cliente e reforçar a posição de liderança no ranking dos bancos, Lazari enfatiza o processo de transformação, a mudança de mindset e treinamento das pessoas. Segundo ele, o Bradesco investe na capacitação do time de profissionais, focados em atingir a excelência, e na melhoria constante do atendimento. Tudo para ter soluções mais eficazes que respondam aos anseios do público.