O candidato favorito à compra é o Bradesco, de Luiz Carlos Trabuco Cappi, dizem fontes próximas à negociação. Também estão concorrendo à aquisição Itaú e Santander. O modelo básico em discussão é a venda de uma participação minoritária de 49%, mas existe a possibilidade, segundo fontes, de o parceiro comprar uma fatia majoritária. O valor do negócio pode oscilar entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão. O Carrefour e o Bradesco não comentaram o assunto. 

 

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Trabuco: disputa pelo varejo

 

O negócio mostra o acirramento da disputa entre os grandes bancos pelas parcerias financeiras com as redes de varejo. Há pouco mais de um mês, o HSBC venceu uma concorrência para formar uma joint venture com a Máquina de Vendas, controladora das redes Insinuante, Ricardo Eletro e City Lar. O banco pagou, segundo fontes, R$ 550 milhões pela participação de 50% na financeira, que terá exclusividade por 18 anos no financiamento das vendas. O mercado também aguarda o resultado da disputa pelo financiamento da nova Casas Bahia. A maior disputa é entre Itaú, que financiava o Ponto Frio, e Bradesco, parceiro da antiga Casas Bahia.

 

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Destaque no pregão


Cenário negativo para a Positivo 

 

O cenário para a Positivo Informática foi negativo em 2010. A empresa vendeu mais, mas lucrou bem menos, tendo registrado vendas recorde de 1,98 milhão de unidades, uma alta de 11,3%, em comparação com 2009. No entanto, o lucro líquido foi de R$ 143 milhões, uma queda de 25,2% em comparação com o ano anterior. Apenas nos últimos três meses do ano, o lucro cedeu 74,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e alcançou R$ 12,3 milhões. As ações listadas na BM&FBovespa sentiram o impacto negativo e cederam 3,91% na terça-feira 2, dia seguinte à divulgação.

 

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Palavra de analista

 

A companhia foi prejudicada pela prática de preços médios menores e por uma elevação nos custos. Segundo a analista Luciana Leocádio, da Ativa Corretora, houve ganho de participação de mercado no quarto trimestre, mas os preços muito baixos prejudicaram as margens da Positivo Informática. “Pode haver alguma melhora de rentabilidade nos próximos trimestres, com uma maior racionalidade do mercado”, diz Luciana, em relatório. 

 

 

Bebidas


Lucrão da Ambev em 2010

 

A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) anunciou na quinta-feira 3 um lucro líquido de R$ 7,7 bilhões em 2010, crescimento de 26,3%, ante 2009. Dona de marcas como Brahma, Skol e Pepsi, a empresa informou que o resultado foi positivo, apesar do cenário menos favorável no quarto trimestre do ano passado. Naquele período, o setor cresceu mais devagar e a comparação ficou ainda pior devido aos bons resultados do último período de 2009. Como resultado, o avanço trimestral foi de apenas 3,4% nas vendas de cerveja e de 4% nas de refrigerantes e bebidas não alcoólicas. A Ambev prevê investir até R$ 2,5 bilhões este ano para atender a demanda.

 

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Maiores altas da semana

 

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Maiores baixas da semana


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As 10 mais negociadas do Ibovespa


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Desempenho das empresas por setor de atividade econômica


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Termômetro do mercado


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Bolsa no mundo


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Educação financeira

 

Em Como Chegar Ao Topo, o consultor de marketing Jeffrey J. Fox explica as atitudes e escolhas que levam ao crescimento profissional dentro de uma empresa. Do relacionamento nos corredores até o planejamento de cada escolha de cargo, o livro dá dicas para que os candidatos à presidência não se percam no caminho. (Ed. Sextante, R$ 19,90)

 

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Quem vem lá


Enesa Participações prepara IPO

 

A Enesa Participações pretende fazer uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês)  na BM&FBovespa. A companhia, que presta serviços de locação de máquinas e equipamentos para a indústria pesada, vai usar os recursos da emissão para aquisições e também para ampliar sua capacidade instalada e para reforçar sua estrutura de capital. O coordenador-líder da operação será o Banco Itaú BBA. Dados da oferta, como o volume emitido e preço por ação, ainda não estão disponíveis aos investidores. 

 

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Fique de olho: em 2010, o lucro líquido da Enesa foi de R$ 55,1 milhões, uma alta de 22,6% em relação ao ano anterior. 

 

 

Personagem


A terceira onda da Bematech

 

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Betiol, conselheiro: Bematech vai acompanhar o crescimento do varejo em 2011

 

A expectativa de crescimento de até 12% do varejo brasileiro poderá impulsionar os resultados da Bematech em 2011. A companhia, que oferece tecnologia para o comércio, ainda sentiu, em 2010, os efeitos da crise financeira. No acumulado até setembro, o lucro líquido caiu 38%. Os resultados do ano cheio serão conhecidos no dia 28. Antes de a companhia entrar em período de silêncio, Wolney Betiol, um dos fundadores da Bematech e membro do conselho de administração, falou com a DINHEIRO:

 

DINHEIRO – Quais são as expectativas da Bematech para este ano?

 

BETIOL –Acreditamos que o varejo deve crescer entre 10% e 12% e a Bematech deve acompanhar esta onda. Em 2010, o varejo ainda sentiu o reflexo da crise, já que os reflexos no setor ocorrem com seis meses de atraso. No segundo semestre houve uma recuperação e o segmento voltou para patamares aceitáveis. 

 

 

DINHEIRO –  Como o sr. avalia a área de automação comercial no mercado brasileiro?

 

BETIOL – É muito pulverizada, especialmente a parte de softwares. Está começando a terceira onda da automação comercial. A primeira teve início com a implantação das caixas registradoras e  impressoras fiscais, a segunda veio para beneficiar a gestão. A terceira onda interliga todo o processo, que vai da fabricação à venda dos produtos. 

 

 

DINHEIRO – A companhia pode fazer novas aquisições?

 

ETIOL – Não. Hoje a empresa está consolidada e não há necessidade. Mas estamos sempre avaliando as oportunidades e aquisições pontuais. 

 

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DINHEIRO – Quais seriam essas aquisições pontuais?

 

BETIOL – Estamos discutindo o assunto com o conselho de administração e a diretoria da empresa. Não possuímos propensão para fazer várias aquisições simplesmente para aumentar a participação de mercado.  Fazemos um trabalho de análise muito profunda sobre os possíveis novos negócios.  

 

 

DINHEIRO – As empresas estão voltando a acessar o mercado de capitais. A Bematech poderá fazer uma nova emissão de ações ou de títulos de dívida?

 

BETIOL – Se houver necessidade, não descartamos o acesso ao mercado de capitais. No entanto, a Bematech é uma empresa capitalizada e gera caixa. Nós temos hoje acesso ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a um custo razoável para fazer um investimento, se avaliarmos que há necessidade. 

 

 

Pelo mundo

 

Disputa pela CitiFinancial - A CitiFinancial americana deverá ser alvo de uma disputa acirrada. A divisão de empréstimos ao consumidor do Citigroup nos Estados Unidos foi posta à venda por Vikram Pandit, principal executivo do Citi. Pelo menos 12 canditatos estão preparando propostas. Entre os mais conhecidos estão o banco espanhol Santander, a gestora de fundos BlackRock e as empresas de private equity KKR e Warburg Pincus. 

 

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Juro baixo na Europa - O Banco Central Europeu (BCE) manteve os juros dos países da Zona do Euro em 1% ao ano, confirmando as previsões dos economistas. Segundo analistas, Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, poderá ter de elevar os juros este ano para combater a inflação provocada pelo aumento dos preços do petróleo, mas esse impacto ainda não apareceu nos índices de preços.

 

Proteção para os vovôs - O ator Mickey Rooney depôs no Senado na quarta-feira 2, defendendo a aprovação de leis que protejam os idosos contra abusos financeiros. Aos 90 anos, afirmou ter sido lesado por seu enteado e defendeu uma regulamentação que puna mais severamente esses atos. 

 

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Com Caio Moretto, Juliana Schincariol, Lilian Sobral e Tatiana Bautzer