04/07/2024 - 16:44
O diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, disse nesta quinta-feira, 4, que o valor de exportações registrado no primeiro semestre de 2024 foi recorde. As receitas fecharam em US$ 167,6 bilhões nos seis primeiros meses, contra US$ 165,2 bilhões do primeiro semestre de 2023, quando o saldo da balança comercial foi recorde. Mesmo assim, a pasta não espera que o superávit de 2024 seja maior que o do ano passado, uma vez que as importações estão crescendo neste ano.
Como mostrou mais cedo o Broadcast, o Mdic ajustou suas projeções para o ano. Agora, a expectativa é de que, em 2024, o saldo positivo das contas feche em US$ 79,2 bilhões, ante US$ 73,5 bilhões da previsão feita em abril. No ano passado, a balança teve superávit recorde, de US$ 98,9 bilhões. A nova projeção representa uma queda de 19,9% em comparação ao saldo de 2023.
Segundo a projeção mais recente, a pasta espera que as exportações somem US$ 345,4 bilhões neste ano – aumento de 1,7% em relação a 2023. A projeção de abril era de exportações de US$ 332,6 bilhões – número menor que o do ano passado, quando as vendas somaram US$ 339,7 bilhões.
“Se confirmar nova projeção de exportação, teremos recorde de vendas novamente em 2024”, destacou Brandão, lembrando ainda que o saldo projetado, se realizado, será o segundo maior da história.
O técnico explicou que a exportação de alguns produtos surpreenderam no primeiro semestre, entre as quais o petróleo, com avanço de 31,2% puxado pelo aumento do volume de vendas, de 30,6%. Também tiveram performance positiva nas vendas o minério de ferro (12,2%), os açúcares e melaços (62,7%), a celulose (19,5%) e a carne bovina que, apesar de os preços terem caído 8,4% no primeiro semestre, foi beneficiada pelo aumento do volume exportado (29,1%).
No caso das importações, os bens de capital têm apresentado “aumento consistente” no semestre, com avanço de 14,2% nas compras. Já a importação de bens de consumo disparou 31,4% nos seis primeiros meses do ano, representando 16,1% de tudo o que o Brasil comprou no semestre – no mesmo período do ano passado, essa participação era de 12,8%.