23/12/2021 - 10:52
BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil abriu 324.112 vagas formais de trabalho em novembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Previdência, em uma recuperação de fôlego em relação a setembro e outubro, quando a criação de vagas dava sinais de enfraquecimento, mas com saldo inferior aos 376.265 observados em novembro de 2020 na série ajustada.
No acumulado do ano, foram gerados, em termos líquidos, 2.992.898 de postos, sobre abertura de apenas 121.931 postos em igual período de 2020.
O dado acumulado do ano é o melhor da série iniciada em 2010, resultado de 19.136.617 contratações e 16.143.719 desligamentos. Houve mudança de metodologia em 2020.
Tradicionalmente, por conta dos preparativos para as comemorações de fim de ano, os últimos meses do ano são marcados por uma aceleração na criação de vagas. Em 2021, os dados do Caged têm mostrado dinâmica diferente, com contratações em alta ao longo de todo o ano após retomada da atividade com o arrefecimento da pandemia.
Depois de registrar um saldo de 375.284 postos de trabalho em agosto, mês marcado por contratações da indústria em preparação para o fim do ano, o dado caiu para 318.051 em setembro e 241.766 em outubro. O mês de novembro, portanto, reverteu a tendência de queda.
Com o resultado, o estoque de empregos formais no Brasil chegou a 41.551.993 milhões em novembro, contra 38.716.730 no mesmo mês de 2020.
O dado do mês foi puxado, principalmente, por uma retomada das contratações nos setores de serviços, com saldo de 180.960, e comércio, de 139.287. Houve ainda criação de 12.485 vagas na área da construção e de 8.177 na indústria.
O único setor com fechamento de postos em novembro foi a agropecuária, com saldo negativo de 16.797.
No recorte por área geográfica, houve criação de vagas em todas as regiões. O saldo foi de 178.422 no Sudeste, 58.181 no Nordeste, 54.048 no Sul, 17.089 no Centro-Oeste e 15.952 no Norte.
“Os números mostram não apenas a retomada imediata após o período da pandemia, mas já demonstram bastante constância na geração de emprego formal”, disse o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo.
“Os dados demonstram uma normalização do mercado formal de trabalho no país”, completou.
Apesar do saldo positivo, o salário médio de admissão dos trabalhadores segue em trajetória de queda desde abril deste ano. Após um valor médio de 1.810,54 reais em outubro, o patamar ficou em 1.778,84 em novembro.
(Por Bernardo Caram)