PEQUIM (Reuters) – O Brasil está em busca de novos investimentos da maior comerciante chinesa de grãos, a Cofco, já que a empresa desempenha um papel importante nas crescentes exportações agrícolas do país, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Reuters, nesta segunda-feira.

Fávaro propôs projetos de investimentos em ferrovias e hidrovias brasileiras ao conselho da Cofco durante uma reunião em Pequim na semana passada, disse ele, além de financiamentos para a recuperação de terras degradadas para uso na agricultura.

A estatal Cofco não pôde ser contatada para comentar após o horário comercial.

A Cofco já investiu em Santos, o principal porto para embarque de soja do Brasil, e está atualmente expandindo sua capacidade de terminal de exportação para 14 milhões de toneladas para ajudar a atender a grande demanda da China.

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Mas o Brasil também é um novo fornecedor de milho para a China. A Cofco foi uma peça fundamental na abertura do mercado no final do ano passado para a oferta brasileira, disse Fávaro.

Fávaro viajou para Pequim na semana passada, antes de uma visita planejada do presidente do Luiz Inácio Lula da Silva. Lula cancelou a visita por recomendação médica após ser diagnosticado com uma pneumonia leve, mas deve remarcar a viagem para os próximos meses.

A alfândega da China aprovou quatro novos frigoríficos brasileiros para exportação ao país durante a visita de Fávaro.

Mais anúncios são esperados nas próximas semanas, disse Fávaro, que falou por meio de um tradutor, depois que uma lista de mais 50 estabelecimentos de carne bovina, suína e de frango foi apresentada à alfândega.

Um acordo para permitir a certificação eletrônica de instalações de exportação de carne será assinado quando Lula viajar a Pequim, o que agilizará as aprovações, acrescentou Fávaro.

O ministro planeja visitar os laboratórios Syngenta, da estatal ChemChina, na terça-feiram, para discutir edição de genes.

Lula adia viagem para a China, mas agro segue agenda

O presidente Lula adiou sua viagem para a China, onde estabeleceria diversos acordos bilaterais. Em Pequim, uma comitiva de empresários segue com agenda de encontros; o ministro Carlos Fávaro lidera o alto escalão do governo em reuniões.

(Por Dominique Patton)

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