18/06/2024 - 0:03
O Brasil caiu duas posições do ranking de competitividade global elaborado desde 1989 pelo International Institute for Management Development (IMD), em parceria, no Brasil, com o Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral. O país aparece na posição 62 de 67 países. Foi a pior colocação dos últimos anos.
A competitividade é definida pela FDC como a capacidade dos países de integrar novas tecnologias para impactar suas economias e promover crescimento. Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela foram os países que ficaram atrás do Brasil.
+Brasil cresce mais que EUA e menos que Chile: Veja ranking do PIB dos países no 1º tri
Os primeiros colocados
Singapura aparece em primeiro lugar após ficar fora das cinco primeiras posições no ano passado. A Dinamarca, que esteve em primeiro em 2023, figura agora na 3ª posição, atrás da Suíça.
O estudo destaca que todos esses países são pequenos, mas usufruem de uma boa estrutura institucional e aproveitam ao máximo as parcerias comerciais.
“Singapura se tornou um centro internacional na Ásia devido à infraestrutura tecnológica avançada, instituições sólidas e um mercado atrativo, com empregos, inovação e oportunidades”, aponta o relatório final. O país já tinha liderado o ranking em 2020.
O caso do Brasil
“Tem muito para ser feito”, avalia Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais e responsável pela pesquisa.
Segundo Tadeu, a baixa produtividade está diretamente ligada a uma falta de infraestrutura na educação e destaca como, diferentemente de muitos lugares do mundo, especialmente aqueles que estão no topo do ranking, não há um investimento focado em pesquisa e desenvolvimento.
“Muitos executivos dizem que o Brasil não cresce por conta do governo. Isso não é verdade”, diz Tadeu ao destacar que o país também teve um desempenho fraco quando se fala em eficiência empresarial, ficando na 61ª posição. “As empresas também não têm o ganho de produtividade devido.”
O Brasil ficou em 65ª lugar no ranking de qualidade de infraestrutura e na 65ª posição em eficiência governamental.
Os responsáveis pelo levantamento alegam que o ranking busca oferecer um olhar econômico para o país que vá além da produtividade. “O estudo busca demonstrar como o avanço da tecnologia, sua integração com políticas de governo e a estrutura do mercado como um todo favorece um crescimento que seja mais do que apenas um número no PIB”.
Veja o ranking completo:
Posição | País |
| 1º | Singapura |
| 2º | Suíça |
| 3º | Dinamarca |
| 4º | Irlanda |
| 5º | Hong Kong |
| 6º | Suécia |
| 7º | Emirados Árabes Unidos |
| 8º | Taiwan, China |
| 9º | Holanda |
| 10º | Noruega |
| 11º | Catar |
| 12º | EUA |
| 13º | Austrália |
| 14º | China |
| 15º | Finlândia |
| 16º | Arábia Saudita |
| 17º | Islândia |
| 18º | Bélgica |
| 19º | Canadá |
| 20º | Coreia do Sul |
| 21º | Bahrein |
| 22º | Israel |
| 23º | Luxemburgo |
| 24º | Alemanha |
| 25º | Tailândia |
| 26º | Áustria |
| 27º | Indonésia |
| 28º | Reino Unido |
| 29º | República Tcheca |
| 30º | Lituânia |
| 31º | França |
| 32º | Nova Zelândia |
| 33º | Estônia |
| 34º | Malásia |
| 35º | Cazaquistão |
| 36º | Portugal |
| 37º | Kwait |
| 38º | Japão |
| 39º | Índia |
| 40º | Espanha |
| 41º | Polônia |
| 42º | Itália |
| 43º | Chipre |
| 44º | Chile |
| 45º | Letônia |
| 46º | Eslovênia |
| 47º | Grécia |
| 48º | Jordânia |
| 49º | Porto Rico |
| 50º | Romênia |
| 51º | Croácia |
| 52º | Filipinas |
| 53º | Turquia |
| 54º | Hungria |
| 55º | Botsuana |
| 56º | México |
| 57º | Colômbia |
| 58º | Bulgária |
| 59º | Eslovênia |
| 60º | África do Sul |
| 61º | Mongólia |
| 62º | Brasil |
| 63º | Peru |
| 64º | Nigéria |
| 65º | Gana |
| 66º | Argentina |
| 67º | Venezuela |
