(Reuters) – O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles reafirmou nesta terça-feira que o país precisará aprovar um “waiver” (licença) para conseguir acomodar suas despesas em 2023, mas frisou que é fundamental que depois disso seja aprovada uma âncora fiscal clara.

“Tem que se ter uma âncora, tem que ter um teto (de despesas), o limite tem que ser claro porque caso contrário o país pode, e corre o risco sério, de voltar a um clima de recessão”, afirmou Meirelles durante a conferência Lide Brazil, em Nova York.

Meirelles, que também já presidiu o Banco Central, disse que o caminho para o controle fiscal passa por uma reforma administrativa que inclua medidas como a extinção de estatais que não cumprem mais as funções para as quais foram criadas e a revisão de benefícios tributários.

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Já para 2023, será preciso aprovar uma excepcionalidade à regra do teto de gastos para viabilizar a continuidade do pagamento de 600 reais às famílias de baixa renda, disse Meirelles.

Ele também destacou que os parâmetros usados na formulação do Orçamento do ano que vem estão defasados, o que fortalece a necessidade de ajustes.

 

(Por Isabel Versiani)

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