O Brasil criou 1.693.673 postos de trabalho no ano de 2024, resultado de 25.567.248 admissões e 23.873.575 desligamento. Os dados sobre empregos formais integram o  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

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Em coletiva à imprensa, o ministro Carlos Augusto Simões destacou que houve saldo positivo por dois anos seguidos, com uma soma de 3.147.797 vagas criadas desde o início do terceiro mandado do presidente Lula. O resultado de 2024 foi 16,5% maior do que do ano anterior, mas ficou abaixo dos 2,037 milhões criados em 2022.

Veja no gráfico a criação de empregos a cada ano:

Saldo acumulado de empregos formais criados no Brasil por ano (2002 – 2004) (Crédito:Reprodução/MTE)

A maior parte dos empregos gerados em 2024 foi no setor de serviços, com 929.002 postos. Em seguida, aparecem o comércio com 336.110 e a indústria, com geração de 306.889. Por fim, estão a construção civil, responsável por 110.921 postos, e a Agropecuária, com 10.808.

Dezembro pior do que o esperado

No último mês do ano, foram fechadas 535.547 vagas formais de trabalho em dezembro. Segundo o ministério, o saldo de empregos em dezembro historicamente apresenta retração. Ainda assim, Simões destacou que a expectativa era de um fechamento de cerca de 450 mil postos.

O resultado do mês passado foi fruto de 1.524.251 admissões e 2.059.798 desligamentos e ficou acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de fechamento líquido de 402.500 vagas.

O ministro Simões afirmou que o resultado no mês pode ter sofrido impacto da nova trajetória ascendente dos juros. Em setembro de 2024, o Banco Central aumentou a taxa Selic pela primeira vez desde 2022, e já realizou três novas altas desde então.

Em dezembro, os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldos negativos de vagas. O setor de serviços liderou a redução de vagas, com o fechamento 257.703 postos, seguido pela indústria, com 116.422 vagas a menos. Em último lugar, depois de construção e agropecuária, ficou o setor de comércio, com 25.084 vagas fechadas.