02/12/2020 - 21:49
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira os critérios para a aprovação do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, doença que voltou a aumentar no país, o segundo do mundo com mais mortos pela pandemia.
O pedido poderá ser feito apenas pelas fabricantes cuja vacina esteja na última fase de testes no Brasil, informou em entrevista coletiva o gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes. Esse é o caso de quatro farmacêuticas (Astrazeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, CoronaVac e Janssen), embora nenhuma delas tenha feito o pedido até agora, assinalou a agência.
O uso emergencial será reservado a um público específico, segundo as características de cada vacina, e essa autorização não deve ser confundida com o registro sanitário necessário para que uma vacina possa ser aplicada a toda a população”, explicou Mendes. Os imunizantes autorizados para uso emergencial não poderão ser comercializados, e serão administrados apenas pelo sistema público de saúde, acrescentou.
O ministro da Saúde anunciou ontem um cronograma preliminar, segundo o qual quando for aprovado o uso geral de uma vacina, seus primeiros beneficiários serão funcionários da área de saúde, maiores de 75 anos, maiores de 60 que estejam em asilos ou instituições psiquiátricas, e indígenas.
Em 2021, o Brasil deve receber 42 milhões de doses dentro da iniciativa internacional Covax Facility e outras 100 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca/Oxford. Esse acordo permitiria, segundo o Ministério da Saúde, produzir outras 160 milhões de doses em território nacional no segundo semestre.