18/11/2025 - 20:55
Brasil e Japão firmaram acordo de cooperação técnica internacional para o Programa Caminho Verde Brasil, programa nacional que prevê a recuperação de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em dez anos. O memorando de entendimento foi assinado entre o Ministério da Agricultura, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) nesta terça-feira na Agrizone, na COP30.
Batizado de Parceria Verde pela Agricultura, o acordo prevê cooperação para expansão da recuperação de pastagens degradadas e conversão em áreas produtivas. O projeto é voltado ao diagnóstico de pastagens degradadas e ao monitoramento da recuperação e intensificação agrícola sustentável no Cerrado. “Queremos tirar o máximo de proveito daquilo que já foi ocupado e que está com algum nível de degradação. Temos 40 milhões de hectares e o desafio é fazer isso entrar em operação”, afirmou Fávaro na assinatura do acordo. De acordo com o ministro em três Planos Safras, com recursos do Renovagro já foram recuperados 3 milhões de hectares.
Os aportes da Jica no projeto ainda serão definidos, segundo Fávaro. “As tratativas para um novo EcoInvest estão avançadas. Tenho certeza que Jica vai se somar e fará investimento em um futuro próximo colocando recursos em investimentos além de pesquisa”, disse o ministro. “A Jica e a Embrapa vem dimensionando os investimentos recíprocos para equalizar o tamanho desse investimento e os recursos ainda estão sendo fechados. A Jica também já está em processo avançado, junto com o Ministério da Fazenda, com o Ministério da Agricultura e com o BNDES para aportar financiamento para esse programa”, afirmou Fávaro. O valor “robusto” será anunciado no “tempo deles”, segundo o ministro.
O embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji, afirmou que o país estuda um maior apoio financeiro para os agricultores brasileiros e classificou o acordo como representativo. “Precisamos levar ao público a importância da recuperação das pastagens degradadas”, afirmou.
O projeto terá duração de cinco a dez anos e está previsto para começar em abril de 2026.
*A jornalista viaja a convite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).