A 23ª edição da pesquisa Edelman Trust Barometer apontou que o Brasil é o sétimo país mais polarizado entre 28 nações avaliadas. O levantamento indica que o cenário brasileiro está na “margem de risco” de países “moderadamente polarizados”, ou seja, por pouco a nação não foi considerada “severamente polarizada”. Na visão de 78% dos brasileiros entrevistados, porém, atualmente o País está mais fragmentado do que no passado.

Os dados foram apurados em novembro último, após o pleito que elegeu presidente Luiz Inácio Lula da Silva com uma pequena margem de votos. O instituto Edelman adota quatro métricas a serem observadas para quantificar a polarização (vide exemplos das perguntas a seguir): ansiedades econômicas (“Minha família estará melhor em cinco anos?”), desequilíbrio institucional (“O governo é visto como antiético e incompetente?”), divisão de classe (“As pessoas de maior renda confiam mais nas instituições?”) e instituições desequilibradas (“O governo é muito menos confiável do que as empresas?”). Nações com maiores incertezas econômicas, desigualdade e desconfiança institucional são classificadas como mais polarizadas.

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Argentina, Colômbia, Estados Unidos, África do Sul, Espanha e Suécia aparecem no topo da lista de nações mais polarizadas, à frente do Brasil, no conjunto de 28 pesquisadas.

Do ponto de vista econômico, o Brasil é o 10º país mais otimista de que a situação irá melhorar em cinco anos. Segundo a pesquisa, 53% da população acredita numa mudança positiva. Esse total, entretanto, caiu 15 pontos percentuais na comparação com o levantamento anterior, de 2019.

A 23ª versão da pesquisa anual Edelman Trust Barometer foi feita pelo Edelman Trust Institute e entrevistou, de forma virtual, 32 mil pessoas em 28 países. As conversas de 30 minutos foram realizadas entre os dias 1º e 28 de novembro de 2022.