Esquiadora brasileira

A mineira Jaqueline Mourão concluiu a prova do esqui cross country na 74ª colocação, a frente de outros 16 atletas de 15 nacionalidades que disputaram a prova em PyeongChang, na Coreia do SulCOB/ Divulgação

Primeira brasileira a competir nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, a mineira Jaqueline Mourão concluiu a prova do esqui cross country na 74ª colocação, a frente de outros 16 atletas de 15 nacionalidades que disputaram a prova em PyeongChang, na Coreia do Sul.

Aos 42 anos de idade, Jaqueline disputou sua sexta Olimpíada. Com isso, a atleta equiparou-se em número de participações olímpicas à jogadora de futebol Formiga; ao mesa-tenista Hugo Hoyama; ao velejador Robert Scheidt; ao cavaleiro Rodrigo Pessoa e ao velejador Torben Grael. Além disso, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Jaqueline é a única atleta – entre homens e mulheres – a competir em duas edições de Jogos Olímpicos de Verão e quatro de Inverno.

Jaqueline percorreu os 10 quilômetros em 30 minutos e 50 segundos, alcançando seu melhor resultado no cross country. A vencedora da prova foi a norueguesa Ragnhild Haga, que concluiu a prova em 25 minutos. A segunda posição foi conquistada pela sueca Charlotte Kalla (25min20s8). A norueguesa Marit Bjoergen e a finlandesa Krista Parmakoski terminaram empatadas na terceira colocação, com o tempo exato de 25min32s4.

Ao fim da prova, a brasileira comemorou o resultado. “Sou, de longe, a melhor latino-americana nessa prova. Bati um monte de países. Nos Jogos Olímpicos estão apenas as melhores do mundo. Foi uma prova muito dura. Dei o máximo que eu pude, mesmo passando um susto na véspera”, afirmou a mineira, que, na véspera, passou mal devido a problemas estomacais.

A atleta ainda revelou o desejo de disputar mais uma Olimpíada. “Se o Brasil estiver comigo para me dar força para treinar eu vou para mais uma Olimpíada sim”, disse Jaqueline, minimizando o peso do passar dos anos sobre o rendimento em esportes de resistência, como o esqui cross country. “A idade é um tabu, mas uma vez que você passa por isso, acaba percebendo que não é um problema. O mais importante é evoluir na parte técnica. Seguir se desenvolvendo apesar da idade.”

* Com informações da assessoria do COB