O último relatório das Nações Unidas, por exemplo, diz que o Brasil subiu no ranking dos mais promissores para inversões de multinacionais. A partir de uma consulta a 200 corporações globais e a mais de uma centena de agências estatais que promovem o giro de capital, analistas concluíram que pelo menos 58% delas pretendem ampliar sua fatia de aplicações no exterior. E, mais importante, nesse movimento o Brasil passou da quarta para a terceira posição na ordem de preferência, como mercado prioritário nos planos de investimentos das empresas entrevistadas. Não é pouca coisa. 

 

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O Brasil se posicionou à frente dos EUA e de toda a Europa, perdendo apenas para China e Índia. Da mesma maneira, um índice do Banco Asiático de Desenvolvimento, que mede o interesse por emergentes a partir da pauta de exportações de cada país, classificou o Brasil entre as dez principais praças com maior poder de acelerar seu ritmo de crescimento nos próximos anos e, por tabela, gerar enormes oportunidades para as empresas estrangeiras. 

 

A partir do que definiu como “Índice de Oportunidades”, o banco de fomento asiático analisou 130 países e considerou critérios como a variedade de produtos no setor de máquinas e a forte expansão do setor agropecuário. O Brasil ficou bem na foto.

 

Não para menos, já é percebido um enorme apetite de investidores por ativos de companhias nacionais – não apenas os da Petrobras, com seu lançamento de ações monumental, como também os de empresas de serviço e da construção, em razão do salto na área imobiliária. 

 

Para ilustrar o atual quadro basta dizer que em apenas dois dias da semana passada mais de US$ 3,3 bilhões foram captados por companhias brasileiras no Exterior. 

 

O mercado já trabalha com a expectativa de recorde de inversões em todo o ano e um problema paralelo, consequência dessa corrida de dólares para o País, é a forte pressão que vem sendo exercida sobre o câmbio do real. 

 

Bancos chegaram a apostar US$ 14 bilhões na alta do real no mercado futuro e a cotação do dólar segue desabando em sucessivos leilões. Esse efeito colateral deve ser tratado, mas nada parece arranhar o brilho do País no cenário global. É o que mostram as estatísticas.