O Brasil não faz mais parte do TOP 10 das maiores economias do planeta. O ranking elaborado pela Austin Rating com dados do FMI (Fundo Monetário Internacional) coloca o país na 11ª colocação em 2025 e já prevê que para 2026 o Brasil ficará estagnado no mesmo lugar.

E o motivo para a queda no ranking nem foi o desempenho da economia brasileira. Neste ano, a Rússia saltou duas posições no ranking, saindo da 11ª colocação direto para o nono lugar.

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Em um único ano, a economia russa ultrapassou de uma só vez Brasil e Canadá. E por apenas US$ 3 bilhões não superou a Itália, atual oitava colocada, que ainda pode ser superada pela Rússia em 2025, considerando que os dados do FMI levam em conta os resultados do primeiro semestre.

PIB

Segundo a Austin, a moeda russa teve uma valorização superior a 39% em 2025, refletindo o controle de capitais instituído pelo país após sanções econômicas e a saída do sistema SWIFT, em 2022. Além disso, o Rublo se valorizou diante das elevadas taxas de juros implantadas no país, que chegaram ao recorde histórico de 21% em junho, e da recuperação de parte da confiança dos investidores estrangeiros com o potencial fim da guerra contra a Ucrânia.

Para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings, dificilmente o Brasil conseguirá superar a Rússia neste ano, apenas com a valorização do Real.

“A diferença para a Rússia no ranking é de aproximadamente US$ 284 bilhões. Para que o Brasil superasse a Rússia a gente teria que ter uma valorização do real de pelo menos 13% ou mais do que está hoje. A taxa teria que sair de R$ 5,30 para algo em torno de R$ 4,65”, disse Agostini.

Uma saída mais simples para o Brasil voltar ao TOP 10 das maiores economias do mundo seria superar o Canadá. Nesse caso, Agostini lembra que seria necessário o Real passar por uma forte valorização no último trimestre do ano, de tal magnitude que ainda não foi registrada ao longo de 2025.

Outra opção seria o Brasil registrar um crescimento de 2,5% em seu PIB (Produto Interno Bruto), acima da própria projeção do FMI. O fundo já trabalha com uma expectativa de crescimento de 2,4%, acima da própria mediana do mercado financeiro.

“Dado esse cenário acho difícil o Brasil voltar pra décima posição, porém, existe a possibilidade porque a diferença para o Canadá é muito pequena. Mas, com os dados estimados pelo FMI ele ainda fica atrás do Canadá”, diz Agostini