A balança comercial brasileira registrou saldo positivo no primeiro mês de vigência do tarifaço instituído por Donald Trump sobre as importações brasileiras. Com US$ 29,9 bilhões em exportações e US$ 23,7 bilhões em importações, o resultado é um superávit de US$ 6,1 bilhões.

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O resultado representa uma queda em relação ao superávit de US$ 7,075 bilhões de julho. O alto valor do mês anterior se deveu, em grande parte, a um movimento de exportadores que adiantaram suas vendas para evitar as novas tarifas que entrariam em vigor a partir do dia 6 de agosto.

O superávit de agosto cresceu 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo positivo foi de US$ 4,5 bilhões. As exportações de US$ 28,7 bilhões foram 3,5% menores na comparação com o ano passado, e as importações caíram 2,0% para US$ 24,2 bilhões.

Superávit apesar de recuo nos preços

Houve um aumento de 9,8% no volume total de exportações em relação a 2023, mas uma queda de 3,5% nos preços dos bens exportados. Nas categorias monitoradas, o setor extrativo registrou o maior aumento no volume exportado: de 21,6%. Já a indústria de transformação teve crescimento de 7,3%, seguida pela agropecuária com 4,2%.

O resultado da balança comercial no entanto foi beneficiado por um recuo no volume de importações em todas as categorias monitoradas: bens de capital (-6,4%), bens intermediários (-1,2%), bens de consumo (-1,4%) e combustíveis (2,2%).