Com a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, o Brasil se consolida na vice-liderança do ranking mundial de juros reais, atrás somente da Rússia, de acordo com levantamento da Infinity Asset Management com os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa mundial.

Em termos nominais, o país está na 6ª colocação, abaixo da Turquia, Argentina, Rússia, Colômbia e México, e acima de África do Sul, Hungria e Chile.

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A taxa de juros real é calculada a partir do abatimento da inflação projetada para os próximos 12 meses em cada país. O ranking utiliza a taxa de juros a mercado no vencimento mais líquido 12 meses à frente e a inflação projetada pelas autoridades econômicas de cada país para os 12 meses consecutivos.

Os bancos centrais utilizam a política monetária como principal instrumento para manter a inflação dentro das metas estabelecidas pelos governo. Taxas de juros reais elevadas costumam atrair um maior fluxo de dólares para o país, por outro lado encarecem o crédito, desestimulam investimentos produtivos e freiam o crescimento da economia.

Ranking de países com as maiores taxas de juros reais

  1. Rússia: 8,91%
  2. Brasil: 6,79%
  3. México: 6,52%
  4. Turquia: 4,65%
  5. Indonésia: 4,13%
  6. Hungria: 3,60%
  7. Coreia do Sul: 3,04%
  8. África do Sul: 2,79%
  9. Hong Kong: 2,66%
  10. Colômbia: 2,66%

Ranking de países com as maiores taxas de juros nominais

  1. Turquia: 50%
  2. Argentina: 40%
  3. Rússia: 16%
  4. Colômbia: 11,75%
  5. México: 11%
  6. Brasil: 10,50%
  7. África do Sul: 8,25%
  8. Hungria: 7,25%
  9. Filipinas: 6,50%
  10. Índia 6,50%