A saída de US$ 14,646 bilhões do Brasil de janeiro a julho deste ano representa o segundo fluxo mais negativo da série histórica do Banco Central, quando considerados os sete primeiros meses de cada ano. Só em 2020, no auge da pandemia de covid-19, as remessas de dólares ao exterior foram maiores, atingindo US$ 15,818 bilhões.

Considerando só o canal financeiro, o saldo de 2025 é o mais negativo da série histórica, com saída líquida de US$ 49,064 bilhões. A saída, é 9,63% maior do que o fluxo negativo de US$ 44,752 bilhões de janeiro a julho de 2020, que até agora era a maior da série histórica, iniciada em 2008.

O fluxo comercial está bem acima do padrão, com a entrada acumulada de US$ 34,418 bilhões, contra uma média de US$ 23,838 bilhões para o acumulado de janeiro a julho na série histórica. No entanto, continua sensivelmente abaixo do ano passado, quando as exportações superaram as importações em US$ 56,208 bilhões no acumulado dos sete primeiros meses.

Os dados de câmbio contratado registram a soma dos contratos de compra e venda de moeda estrangeira de bancos comerciais com o mercado não financeiro, independentemente do seu prazo de liquidação. Contratos interbancários e intervenções ou operações externas do BC são excluídos da contabilização.

A identificação do segmento como comercial ou financeiro é realizada a partir da natureza cambial informada no contrato. No caso do fluxo comercial, são levadas em conta as naturezas cambiais relacionadas ao comércio de bens. O canal financeiro inclui as demais categorias, exceto as que não são contabilizadas nas estatísticas.