13/03/2016 - 14:20
Confira as manifestações a favor de impeachmento que ocorrem em várias cidades brasileiras neste domingo 13:
São Paulo (SP)
Apesar de estar agendado para as 15h30, o ato contra a presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista registra grande concentração de manifestantes, muitos vestidos de verde e amarelo, desde o início da tarde deste domingo (13). A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) distribui balões em apoio ao ato e contra o aumento de impostos.
A assessoria de Comunicação Social da PM informou, questionada pelo Broadcast, que, a piori, não divulgará informações sobre o número de participantes na manifestação na capital paulista. O quarteirão onde fica o Museu de Arte de São Paulo (Masp) estava todo tomado. O público chegava principalmente pelas estações de metrô.
No começo desta tarde, na Marginal Tietê, caminhoneiros se deslocavam no sentido Castelo Branco, fazendo buzinaço contra o governo de Dilma, repetindo ato feito em manifestações anteriores. Não há informações, conforme a Polícia Militar local, sobre o trajeto e o número de participantes do ato.
Brasilía (DF)
A Polícia Militar elevou a estimativa de manifestantes contra a presidente Dilma Rousseff em Brasília de 50 mil para 100 mil pessoas. O número já é maior do que o registrado no ato ocorrido há um ano, em 15 de março de 2015, quando 45 mil manifestantes foram às ruas em Brasília, conforme informações da PM, considerado a maior manifestação contra Dilma ocorrida no DF.
Até o começo desta tarde, Brasília reuniu o maior número oficial de manifestantes contra o governo. Em ao menos dez Estados, os protestos já tiveram início. Na capital de São Paulo, a manifestação está marcada para 15h30, mas a concentração de pessoas já teve início na Avenida Paulista.
Rio de Janeiro (RJ)
O ato contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã deste domingo no Rio ocorre na orla de Copacabana, na zona sul. Cada um dos cinco grupos organizadores faz discursos inflamados contra Dilma e o PT, e a maioria do público usa camisas amarelas ou com frases contra o governo ou de apoio ao juiz federal Sérgio Moro, que atua na Operação Lava Jato.
Em uníssono, todos vaiaram uma faixa onde se lê “Não vai ter golpe”, puxada por um avião que sobrevoa a orla contratado pela Frente Brasil Popular, grupo contrário ao impeachment.
Bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representado como presidiário são vendidos por R$ 10,00. Um rapaz vestido como Lula e com trajes de presidiário faz sucesso entre os manifestantes. Também há faixas e fotos do juiz Moro, e pelo menos três grupos defendem a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) para presidente da República.
Entre os coros usados pelos grupos que protestam há paródias de músicas famosas e rimas. O grupo Revoltados Online alterna dois coros que dizem “ah que bom seria/se petista entendesse economia” e “não é mole não/socialista de iPhone e carrão”.
O grupo Foro do Brasil – RJ usa uma gravação de “Pra Não Dizer que não falei das Flores” que, em vez de “vem, vamos embora que esperar não é saber”, diz “Dilma vai embora que o Brasil não quer você”. Entoado repetidamente por todos os grupos, o hino nacional é a canção mais cantada durante o ato.
Salvador (BA)
Com a chegada de mais manifestantes à região do Farol da Barra, em Salvador, a Polícia Militar elevou sua estimativa de público no protesto contra o governo Dilma Rousseff, na capital baiana. O comandante do 11º CPM, Major Assemany, acredita que cerca de 20 mil se concentravam naquele espaço apesar do forte Sol.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Fora Lula”, “Fora Dilma”, “Fora PT”. O número era bem superior à expectativa dos grupos que organizaram o movimento, que era de um público entre 6 e 7 mil pessoas. O protesto segue de forma pacífica.
Maceió (AL)
Cerca de 25 mil pessoas – segundo a Polícia Militar de Alagoas – e 30 mil, na opinião dos organizadores – participaram, na manhã deste domingo, 13, do ato contra o governo Dilma Rousseff organizado pelo Movimento Brasil Live (MBL) em Maceió. Com gritos de Fora Dilma e pedidos de prisão para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os manifestantes percorreram cerca de 3 km, entre as orlas da Jatiúca e Ponta Verde – a chamada área nobre da capital alagoana.
Segundo a PM, 350 policiais acompanharam o protesto, divididos em equipes a pé, motorizadas e da cavalaria. Dois helicópteros da corporação também acompanharam o ato. Além da PM, 60 homens contratados pelo Movimento Brasil Livre fizeram a segurança dos manifestantes, cuja maioria vestia verde e amarelo. A PM não registrou nenhum incidente.
Um homem fantasiado de Lula era conduzido, enjaulado, por um cavalo. Uma cobra gigante com o rosto do ex-presidente Lula foi a novidade das manifestações. Centenas de pessoas aproveitaram para tirar selfies ao lado da “Jaraleco”, “a mistura de Jararaca com Pixuleco”, explicou Josan Leite, um dos coordenadores do MBL em Maceió.
De cima do trio, ele comandava a multidão, que gritava frases de ordem contra Lula, Dilma, e enalteciam a atuação do juiz Sérgio Moro. “Hoje, não se trata mais de indícios envolvendo o governo (de Dilma Rousseff), mas de comprovações através da operação Lava Jato”, ressaltou Leite. Não faltaram gritos de protestos contra os três senadores alagoanos Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTB-AL) e Benedito de Lira (PP-AL).
Durante todo o ato, camisas da seleção brasileira eram comercializadas por R$ 19, enquanto camisetas com imagem do juiz Sérgio Moro eram vendidas por R$ 30. Além delas, peças de roupa com a imagem do Pixuleco e do próprio boneco custavam R$ 40, em um dos trios elétricos que acompanhavam a manifestação.
Recife (PE)
As manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff, o PT e o ex-presidente Lula deste domingo no Recife ocorrem na praia de Boa Viagem, aonde manifestantes levaram um boneco gigante do juiz federal Sério Moro. A alegoria está vestida com uma toga preta e com adesivos Já Basta e Fora Dilma colados pelo corpo. Pessoas param para fazer “selfie” com o boneco.
Em outro ponto da cidade, no Bairro do Recife, região central, um grupo pró-Dilma se reúne, neste momento, em uma manifestação a favor da presidente, do PT e do ex-presidente Lula. Parlamentares, ex-parlamentares e simpatizantes do PT discursam e gritam palavras de ordem contra o que classificam como “tentativa de golpe”. O clima por enquanto é de tranquilidade e não há registros de conflitos.
Ribeirão Preto (SP)
O número de manifestantes pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff em Presidente Prudente, interior paulista, ficou entre oito e 15 mil. Segundo os organizadores, ligados ao movimento Vem Pra Rua, foram 15 mil pessoas concentradas no Parque do Povo. Já a contagem da Polícia Militar foi de pouco mais da metade desse número. “A nossa contagem apontou oito mil participantes”, disse o major Alexandre Fontolan, que comandou uma tropa de mais de 100 homens. Segundo o major, não houve incidentes durante o protesto que durou menos de duas horas.
A Polícia Federal montou uma barraca para coletar assinaturas a fim de reforçar a campanha por uma emenda constitucional que prevê mais autonomia aos federais. “Mais de cinco mil pessoas assinaram nas 12 pranchetas que colocamos à disposição dos interessados”, afirmou o delegado Fabiano Martin. Depois de lembrar que a campanha é uma iniciativa da Associação dos Delegados da Polícia Federal, o policial disse que “a PF tem que ser polícia do Estado brasileiro e não de governo”. “Queremos autonomia para ir atrás de quem fez coisas erradas, não importa o partido político”, completou.
O ato teve o apoio de várias entidades, como UDR, Maçonaria e Rotary Clube. Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula foram severamente atacados pelos oradores, que pediram o impeachment da presidente, a prisão do seu antecessor e “o fim do comunismo no País”. No final, foi executado o hino nacional e, depois, uma mulher rezou o Pai Nosso em voz alta. A manifestação terminou com uma passeata nos arredores do Parque do Povo.
Guarujá
Um pequeno grupo de pessoas já se reunia, por volta das 13h30, no Guarujá, litoral sul de SP, em frente ao prédio onde fica a cobertura tríplex, alvo de investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato. O protesto começou aproximadamente duas horas antes do previsto. Segundo a PF, o imóvel seria de propriedade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e teria sido reformado pela empreiteira OAS, ao custo de R$ 777 mil, pagos com dinheiro de propina no esquema da Petrobras.
Na Baixada Santista, quatro manifestações contra o governo federal e o Partido dos Trabalhadores estão confirmadas para este domingo, 13. Duas em Santos, que devem se encontrar às 16 horas na Praça da Independência, no bairro do Gonzaga, e outras duas em Guarujá e Praia Grande. Os organizadores esperam a participação de 5 mil pessoas nos atos em Santos. Nos protestos de março do ano passado, participaram mais de 11 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.
Franca (SP)
Organizadores estimaram em mais de 15 mil o número de participantes na manifestação que ocorria mais cedo em Franca (SP) contra o governo Dilma Rousseff e também os candidatos derrotados na última eleição presidencial Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (Rede). A Polícia Militar, entretanto, ainda não havia divulgado uma estimativa até o começo desta tarde.
Vestidos de verde e amarelo, com fantasias, cartazes e faixas, os manifestantes fizeram discursos contra o PT, Dilma Rousseff e a corrupção. Sobrou também para Aécio Neves e Marina Silva. “Aquele mauricinho fica lá e está fazendo o quê? Nada.”, discursou um dos organizadores em um palanque montado na Concha Acústica. Depois emendou: “E a Marina? Fica lá igual a um boneco na selva… Será que ela está na rua?”.
Na cidade de Franca, a manifestação teve ainda tratores e motocicletas a caráter, com bandeiras e mensagens contra o governo e a corrupção.
Araçatuba (SP)
Cerca de 12 mil pessoas participaram da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff em Araçatuba, interior de São Paulo, de acordo com organizadores e a Polícia Militar, que concordaram com o número. A concentração começou às 9h30 em volta de um trio elétrico estacionado no cruzamento das avenidas Brasília e Pompeu de Toledo, as mais movimentadas da cidade, que tiveram o trânsito impedido por duas horas. Cerca de 100 policiais militares foram responsáveis pela segurança.
Moradores de Birigui, cidade a 20 quilômetros de Araçatuba, vieram em carreata pela rodovia Marechal Rondon, que liga os dois municípios, para participar do protesto. O grupo formou uma fila com cerca de 30 veículos que chamou a atenção de quem passava pela rodovia.
Depois da execução do hino nacional, o trio elétrico e um grupo de 20 motociclistas de um moto clube da cidade puxaram a passeata que percorreu 1,5 km até a sede da Justiça Federal, onde os manifestantes pediram o impeachment de Dilma e a prisão do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Também protestaram contra a alta carga de impostos no País.
Teve quem aproveitou para ganhar um dinheiro extra. Foi o caso do ambulante Luiz Carlos de Amorim, de 62 anos, que vendeu água e refrigerantes durante a passeata. Amorim já trabalhou como radialista e vendedor e espera que essas manifestações ajudem a mudar o rumo da política nacional e que os empregos “apareçam de novo”. “É muita gente precisando trabalhar, alguma coisa tem que ser feita”, disse.
Quatro índios pataxós da aldeia Coroa Vermelha, de Santa Cruz Cabrália (BH), vestidos com trajes típicos, chamaram a atenção dos manifestantes durante o protesto. Eles estão em Araçatuba para participar de uma feira de folclore e aproveitaram a grande concentração de pessoas para divulgar o evento, mas afirmaram não ter opinião formada sobre os motivos da manifestação: “Não participamos desse tipo de política”, declarou Micaré Pataxó, de 22 anos, enquanto posava para selfies.
Fortaleza (CE)
Cerca de 300 carros percorriam por volta das 13h30 deste domingo as ruas da periferia de Fortaleza em apoio à presidente Dilma Rousseff. A carreata saiu da Parangaba, passou pelo Jóquei Clube e estava no Henrique Jorge com destino a bairros da Zona Oeste. A carreata seria finalizada no Vila do Mar, no Pirambu, maior favela de Fortaleza. Puxam a carreata o senador José Pimentel (PT-CE) os deputados federais petistas José Guimarães (líder do Governo na Câmara) e Luizianne Lins.