A Braskem teve queda de 75% no prejuízo do terceiro trimestre, para 593 milhões de reais, quando comparado com o mesmo período de 2023, apoiada em um desempenho operacional mais forte, segundo balanço divulgado pela maior petroquímica da América Latina.

A companhia apurou um resultado operacional medido pelo Ebitda recorrente de 2,394 bilhões de reais, salto ante os 921 milhões obtidos no terceiro trimestre do ano passado, em meio a um quadro de câmbio mais favorável e melhores spreads.

A receita líquida somou 21,27 bilhões de reais, crescimento de 28% sobre um ano antes, enquanto o custo do produto vendido avançou 18%, para 19 bilhões.

A Braskem teve consumo recorrente de caixa de 1,1 bilhão de reais no período, bem acima do desempenho negativo de 48 milhões de um ano antes.

A companhia afirmou que os “spreads no mercado petroquímico internacional seguiram a trajetória positiva” e que os problemas logísticos e paradas de manutenção de instalações da indústria em várias regiões “impactaram o nível de oferta, contribuindo para o aumento dos spreads no mercado internacional”.

O desempenho da empresa foi em parte apoiado pela retomada das operações no Rio Grande do Sul, onde o polo petroquímico de Triunfo ficou paralisado por vários meses após o desastre das enchentes no Estado entre maio e junho.

“Deste modo, apesar da menor demanda no mercado brasileiro neste trimestre, as vendas no mercado brasileiro foram superiores devido à maior disponibilidade de produtos para comercialização”, afirmou a companhia.

A companhia terminou setembro com alavancagem em dólares de 5,78 vezes considerando um bond híbrido, sensível melhora ante o nível de 12,2 vezes de um ano antes.