05/09/2025 - 8:50
Três anos atrás, André Albuquerque começou a estudar sobre o mercado de colágeno e se apaixonou a tal ponto que resolveu vender sua empresa — uma indústria que produzia alimentos e suplementos — e dar ‘all in’ na nova empreitada. Investiu quase todo seu capital e colocou de pé uma pequena fábrica no interior de Minas Gerais, em Poços de Caldas, com capacidade para 1.200 toneladas por ano.
“Era um setor com muita oportunidade, mas que precisava mudar o processo produtivo,” André disse ao Brazil Journal. “As indústrias tradicionais produziam o colágeno pela gelatina, que por sua vez é produzida com o couro bovino. O que eu vi é que daria para produzir o colágeno direto pelo couro, o que reduzia muito o custo e aumentava a qualidade do produto final.” O negócio deu certo, e André conseguiu criar um processo produtivo que custa 16% menos e gera, segundo ele, “o único colágeno do mundo com 98% de proteína e 99% de pureza.”
+ JBS e Ital inauguram centro de inovação de colágeno em Campinas
+ BRF compra 50% de empresa produtora de gelatina e colágeno por R$ 312,5 milhões
Mas a fábrica acabou custando mais do que o empreendedor esperava e, no ano passado, ele teve que ir atrás de investidores. “Nesse processo, recebi uma proposta por 100% do negócio e acabei vendendo.” Agora, André está tentando uma segunda chance com a mesma tese — mas desta vez, nos Estados Unidos. O empreendedor acaba de levantar US$ 41 milhões para sua nova empresa, a Nortian Biotech, numa rodada liderada pela AJ Hollander, a maior processadora de couro do mundo, e pelo XPTO, o family office de Guilherme Benchimol e dos outros controladores da XP.
A captação — que avaliou a empresa em US$ 100 milhões (post-money) — também teve a participação da Integrated Proteins, uma fornecedora global de proteínas animais, e da Velvet Investments, uma gestora de VC americana. A rodada vai financiar a construção de uma fábrica de colágeno em Missouri, no Meio-Oeste dos Estados Unidos, com uma escala 7x maior do que a fábrica que André tinha em Minas Gerais. O empreendedor disse que já começou as obras e que a expectativa é ligar as máquinas até abril. No primeiro ano, a fábrica terá uma capacidade de 7,2 mil toneladas por ano, que vai subir para 12 mil no segundo ano.
Leia a matéria completa em BRAZIL JOURNAL.