24/11/2025 - 8:14
A liquidação do Banco Master demonstra mais uma vez que o Fundo Garantidor de Crédito é um instrumento essencial para a solidez do sistema financeiro – mas o modelo de cobertura dos depósitos precisa passar por ajustes para que novos casos do tipo não se repitam.
“O problema não está no limite. Os EUA têm limite muito maior, não é essa a questão. O problema é achar que o FGC deve ser usado como artifício para incentivar a competição,” Jairo Saddi, advogado especialista em sistema financeiro e ex-presidente do FGC, disse ao Brazil Journal. “Se um banco usa isso puramente como instrumento mercadológico, ele desvirtua a finalidade do FGC, que é dar estabilidade e segurança ao sistema.”
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Em sua opinião, será necessário elevar o número de instituições que contribuem para o FGC e limitar de alguma maneira as garantias. “Agora veremos um rateio adicional para todos os participantes do sistema financeiro – e, no final, quem paga a conta não é o banqueiro, é a população consumidora do serviço bancário, por meio de spreads mais altos,” afirmou.
“A verdade é que essa conta vai ser paga por uns e não por outros. Há fintechs e instituições que se beneficiam da estabilidade e não têm a obrigação de contribuir com esse fundo. É algo sobre o que precisamos pensar, se queremos manter esse subsídio”, acrescentou.
Leia a entrevista completa no Brazil Journal.
