07/08/2025 - 8:46
Foi um negócio da China — literalmente. A BRF comprou no ano passado uma fábrica de processados na província de Henan, na região central do país, pagando pelo ativo uma fração de seu custo de reposição. A planta havia sido construída em 2013 pela americana OSI por mais de US$ 150 milhões. Dez anos depois, a BRF desembolsou US$ 43 milhões para ficar com o ativo — menos de um terço do valor original.
A oportunidade surgiu por conta de uma crise que a OSI enfrentava. O McDonald’s havia cortado um contrato de fornecimento com a empresa, o que fez com que a fábrica na China operasse com uma ociosidade enorme — o que derrubou o preço na venda. “Apesar da alta ociosidade, era uma planta muito bem mantida, que estava com todas as manutenções em dia,” disse uma fonte próxima à BRF. “Não era um esqueleto.”
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A oportunidade de comprar a planta foi originada por Marcos Molina, o controlador da Marfrig, que por sua vez controla a BRF e está tentando se fundir com a dona das marcas Sadia e Perdigão. A OSI é acionista da Marfrig desde 2008, quando a brasileira comprou o grupo Moy Park da americana. De lá para cá, a OSI não vendeu nenhuma ação.
Quando o fundador da OSI procurou Molina propondo o negócio da China, o empresário avaliou que a transação faria mais sentido para a BRF dado o perfil do ativo. A compra da planta de Henan representa uma volta indireta da Marfrig ao mercado asiático. A companhia já havia operado na região por alguns anos, mas saiu de lá ao vender a Keystone para a Tyson em 2018.
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