Os ‘bebês reborn’ — bonecos hiper-realistas que imitam crianças recém-nascidas — rapidamente se tornaram uma febre no Brasil. No começo, quando as donas desses bonecos pediram pra ser chamadas de “mães”, aquilo parecia apenas algo curioso – gerando memes, discussões nas redes sociais e matérias espirituosas.

Mas como o brasileiro não sabe brincar com moderação, uma dessas ‘mães’ processou seu empregador na Bahia após este negar – a audácia – seus pedidos de licença-maternidade e salário-família. Numa ação protocolada na 16ª Vara do Trabalho de Salvador, a mulher alegou que a empresa não apenas indeferiu suas demandas argumentando que ela “não era mãe de verdade,” como a constrangeu diante de colegas, dizendo que ela “precisava de psiquiatra, não de benefício.”

+ Empresa nega licença-maternidade para funcionária dona de bebê reborn e caso vai para a Justiça
+ Bebê reborn: algumas mulheres são apenas colecionadoras e recebem cobranças, diz psicanalista

O conflito causou um grave abalo à sua saúde mental e à dignidade, disse a reclamante, o que a motivou a pedir a rescisão indireta do contrato de trabalho por falta grave da empresa — invocando o artigo 483, alínea “d”, da CLT. Além do cancelamento do vínculo mediante o pagamento das verbas rescisórias correspondentes, a defesa da mulher – certamente confiando que a Justiça trabalhista também é uma mãe – solicitou ainda uma indenização de R$ 10 mil por danos morais.

Mas, nas últimas horas, a coisa ganhou contornos menos cômicos. Em uma segunda petição datada de hoje, a advogada da mulher informa a desistência do processo após as duas sofrerem ameaças.

Leia a reportagem completa no  BRAZIL JOURNAL.