16/09/2025 - 8:42
Desde o final de agosto, três vezes por dia, quase cinco mil pessoas pagam US$ 200 para assistir um clássico em Las Vegas. O resultado: mais de US$ 2 milhões em bilheteria diária, o maior sucesso já visto em uma única sala de cinema. O detalhe: esse blockbuster não nasceu em 2025, mas em 1939, quando naufragou nas bilheteiras. O Mágico de Oz voltou 86 anos depois para reescrever a economia do entretenimento.
James Dolan, um herdeiro de mídia de Nova York, dono do Madison Square Garden, dos Knicks e dos Rangers, investiu US$ 2,3 bilhões para erguer a Sphere, que abriu em 2023 e logo fez seu IPO. Chamado de “egotrip” no início, hoje é estudado em Wall Street como um caso raro em que visão e execução se alinham. As ações da Sphere Entertainment subiram 51% no último mês com a euforia em torno da demanda. Com o papel num novo all-time high, a empresa já vale US$ 2,17 bi na NYSE.
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A volta do Mágico de Oz
Dolan nunca quis apenas mais uma arena. Sua tese era criar um espaço que fosse ao mesmo tempo palco de shows, ponto turístico e cinema imersivo, apoiado em tecnologia própria de LED, som e efeitos ambientais. Em Vegas, uma cidade que nasceu dos cassinos e foi reinventada nos anos 80 por Steve Wynn com resorts de luxo, Dolan agora aposta num terceiro ato.
Para trazer Dorothy de volta, desembolsou US$ 100 milhões e licenciou os direitos junto à Warner Bros. Discovery. O estúdio recebe uma taxa fixa e uma fatia pequena da bilheteria. Dolan fica com o restante. Para a Warner, era só mais um título esquecido no catálogo de streaming. Para a Sphere, virou uma mina de geração de caixa com margens gordas, e ainda reposicionou um IP clássico no imaginário pop, algo que Hollywood tenta replicar há décadas com adaptações do mesmo filme.
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