19/03/2014 - 19:42
A Objetiva tem um novo dono: a britânica Penguin Random House, a maior editora de livros do mundo e parte do Grupo Pearson. A editora brasileira integra um pacote de empresas vendidas pela espanhola Santillana à Penguin por um total de 72 milhões de euros – cerca de R$ 234 milhões.
Além da Objetiva, também passaram para o controle dos britânicos, na transação, as editoras Alfaguara, Taurus, Suma de Letras, Aguilar, Altea, Fontanar e Punto de Lectura. Ao todo, essas editoras atuam em 22 países, com destaque para a América Latina.
Segundo o comunicado à imprensa divulgado pela Santillana, com a venda das editoras, a companhia vai focar suas atividades na área de educação, em que também já mantém negócios. Segundo a companhia, o objetivo é promover uma transformação “digital e pedagógica” para responder “às distintas realidades educacionais dos países onde opera”. No ano passado, os negócios de educação responderam por 87% das receitas da Santillana.
De olho no Brasil
Já a Penguin reforça seu portfólio de editoras. No anúncio do negócio, o diretor geral da companhia, Markus Dohle, afirmou que o acordo atende a dois pontos estratégicos: reforçar o compromisso de longo prazo da Penguin com a publicação de livros e espanhol, e fortalecer a presença no Brasil.
Em dezembro de 2011, após dois anos de negociação, a Penguin adquiriu 45% da Companhia das Letras, uma das maiores editoras brasileiras, por um valor não divulgado. Agora, os britânicos expandem sua atuação local com a Objetiva, que conta com um leque de autores e obras de grande vendagem.
Entre seus best-sellers, estão livros cultuados por homens de negócios, como O Poder do Hábito, de Charles Duhigg; e Inteligência Emocional, de Daniel Goleman; e obras literárias de autores consagrados, como Luís Fernando Veríssimo, que emplacou dois títulos entre os dez mais vendidos da editora: Diálogos Impossíveis e Os Últimos Quartetos de Beethoven e outros contos.