Aposentado desde março deste ano, Bruce Willis pode estar de volta às telas sem precisar pisar em um set de gravação novamente. Isso porque o ator vendeu seus direitos de imagem para uma empresa que utiliza a tecnologia deepfake para criar conteúdos.

Ao fazer acordo com a empresa Deepcake, que fabrica “gêmeos digitais” de pessoas, Willis apareceu em um anúncio de telefone russo, da empresa Megafone, sem nunca ter gravado o comercial. Assista:

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“Gostei da precisão com que meu personagem ficou. É um mini-filme no meu gênero usual de comédia de ação. Para mim, é uma grande oportunidade de voltar no tempo”, escreveu o ator em um comunicado oficial à imprensa. O astro de Hollywood explicou que, com o uso da tecnologia, ele conseguiu estar no filme, mesmo estando fisicamente em outro continente. 

Polêmica da deepfake

Essa tecnologia é capaz de colocar o rosto de uma pessoa em outra, de maneira digital, usando recursos de inteligência artificial. Sendo assim, um ator pode falar e se mover com o rosto e até a voz de outra pessoa. 

A polêmica envolvendo a deepfake é que o recurso tem sido usado para espalhar notícias falsas, principalmente no período das eleições, contribuindo para a disseminação de fake news.

No entanto, para o cinema, essa pode ser uma oportunidade de atores estrelarem filmes mesmo depois de morrerem, por exemplo. Em spin-offs de Star Wars, por exemplo, a tecnologia foi utilizada para recriar versões mais jovens dos atores.

A oportunidade, para Willis, pode ser única, já que no início do ano sua família informou que ele estava passando por problemas de saúde e foi diagnosticado com afasia, que comprometem as habilidades motoras e cognitivas.