O BTG Pactual e a Perfin vão ancorar um aumento de capital de R$ 10 bilhões na Cosan, um movimento que reequilibra a estrutura de capital da holding de Rubens Ometto e coloca no bloco de controle dois sócios com histórico em infraestrutura e capacidade de investimento.

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A Cosan deixou claro que os recursos da oferta não serão usados para capitalizar a Raízen, e que a solução para a estrutura de capital da empresa de combustíveis ainda depende de discussões com a Shell, que continuam em curso.

Como parte do acordo anunciado agora há pouco, um consórcio formado pela Aguassanta (o family office de Ometto), o BTG e a Perfin contribuirão um total de R$ 7,25 bilhões a R$ 5 por ação. O BTG contribuirá R$ 4,5 bilhões (majoritariamente recursos da partnership que controla o banco); a Perfin, a gestora de Ralph Rosenberg que administra R$ 13,7 bi, investirá R$ 2 bilhões; e a Aguassanta, R$ 750 milhões.

Os três sócios firmaram um acordo de acionistas de 20 anos – com lockup de quatro sobre as ações objeto do acordo – e, em conjunto, deterão 55% do capital da Cosan depois da oferta; o free float terá os outros 45%. Ometto, que além de controlador é o chairman do grupo, ficará com 50,01% das ações vinculadas ao acordo por meio da Aguassanta, mantendo o controle da empresa apesar de sua diluição.