As ações do BTG Pactual fecharam em alta de 13% no pregão desta terça-feira, 12, com o papel renovando as máximas históricas na bolsa de valores após a divulgação do resultado da companhia.

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No acumulado do segundo trimestre de 2025, o lucro do BTG Pactual foi recorde, de R$ 4,18 bilhões para o período – representando um crescimento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, a última linha do balanço também superou com folga as projeções do consenso Bloomberg, que mirava um lucro de R$ 3,64 bilhões para o banco.

Assim, os papéis fecharam o dia cotados a R$ 45,27, na maior valorização diária desde 24 de março de 2020, quando disparou 24,81% em meio à volatilidade da pandemia. Conforme dados da Elos Ayta Consultoria, o salto fez o valor de mercado do banco atingir R$ 224,9 bilhões, ultrapassando o recorde anterior de R$ 216,5 bilhões registrado em 3 de julho de 2025.

O ganho de R$ 25,9 bilhões em valor de mercado em apenas um dia equivale ao tamanho da Motiva, empresa de concessões rodoviárias cujo valor atual gira em torno de R$ 25,8 bilhões.

Afora o lucro, outras linhas do resultado do BTG agradaram o mercado, como o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês), que chegou a 27,1% no segundo trimestre deste ano – superando o de alguns dos bancões, com o Itaú, que fica com 23%.

Nesse contexto, o banco é um dos poucos que sustenta um ROE superior a 20% – dado que o BB encerrou o primeiro trimestre a 15% e não há expectativas e Bradesco e Santander possuem 14% e 16%, respectivamente.

Olhando para receita, o 2T25 do banco também mostrou números recordes. Foram R$ 8,3 bilhões, representando avanço de 38% ante igual etapa do ano anterior.

O segmento de Investment Banking apresentou maior receita da história de R$ 782 milhões no 2T25, 40,2% superior ao 2T24, impulsionada pela contribuição de M&A e DCM.

Também foi registrado recorde de receita para Corporate Lending and Business Banking, com de R$ 2,1 bilhões, representando alta de 37,3% na base anual. O segmento mostrou aumento de 22,1% na carteira de crédito no mesmo período, atingindo R$ 238 bilhões.

Sales & Trading teve receitas recordes da mesma forma, com R$ 1,9 bilhão. Asset Management teve receitas de R$ 624 milhões, 14% de alta ante igual etapa do ano anterior.

O índice de Basileia encerrou o trimestre em 16,2% e o índice de cobertura de liquidez (LCR) foi de 170,1%.

O patrimônio líquido do banco foi para R$ 53,705 bilhões entre abril e junho, acima dos R$ 53,076 bilhões de igual período do ano passado e de R$ 59,779 bilhões no primeiro trimestre.

Os ativos totais sob gestão e administração alcançaram R$ 2,146 trilhões, de R$ 1,718 trilhão no segundo trimestre de 2024 e R$ 2,025 trilhões no primeiro trimestre.

Os resultados do banco foram impulsionados pela boa performance em todas as linhas de negócio além do ganho de alavancagem operacional.

Aquisições no segundo trimestre

Em meados de abril o banco anunciou a aquisição da JGP Wealth Management, em uma operação que foi concluída em julho e vai adicionar no 3T25 cerca de R$ 18 bilhões de ativos sob gestão e administração à carteira de Family Office, que já supera R$ 100 bilhões.

Outro anúncio relevante, realizado ao final de julho, foi a aquisição da operação do HSBC no Uruguai por US$ 175 milhões.

A transação inclui cinco agências e US$ 191 milhões em capital total e marca a entrada do BTG Pactual no mercado uruguaio, onde passará a atuar em varejo, crédito corporativo e PME, Investment Banking e Wealth Management.

Desempenho das ações do BTG Pactual

Os papéis BPAC11 saltam mais de 13% no pregão de hoje e, em seis meses, a alta registrada é de 42%.

Já em uma janela maior, de 12 meses, as ações do BTG Pactual sobem 29% na bolsa de valores.