A startup de imóveis Quinto Andar divulgou um ranking sobre o custo de moradia em algumas das principais cidades da América Latina, com Buenos Aires, na Argentina, liderando o ranking de cidade mais cara em termos de habitação.

Além da capital argentina, o estudo avaliou os mercados imobiliários de Cidade do México, Cidade do Panamá, Lima (Peru), Quito (Equador) e das brasileiras São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre.

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De acordo com a pesquisa, o metro quadrado (m²) mais caro fica em Buenos Aires com uma média de US$ 2.479 (R$ 13.417) por m². Por outro lado, algumas das cidades brasileiras aparecem na outra ponta do ranking, entre as mais baratas para se morar.

A cidade de Porto Alegre (RS) aparece como a mais barata, com preço médio de US$ 990 (R$ 5.358) por m². Também Salvador, Belo Horizonte e Curitiba estão entre as mais baratas, assim como Quito, todas com custo inferior a US$ 1200 (R$ 6.500) por m².

Já Brasília (DF) aparece no ranking como cidade mais cara do Brasil, com uma média de US$ 1.866 (R$ 10.099) por m². Em seguida aparecem Rio de Janeiro com US$ 1.784 (R$ 9.655) e São Paulo com US$ 1.725 (R$ 9.336) por m².

Comprometimento da renda e prazo de compra

Outro aspecto importante que o estudo aponta é sobre o comprometimento da renda com habitação nas cidades latino-americanas. De acordo com a Quinto Andar, apenas Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro tiveram um percentual médio de renda destinada a moradia abaixo de 30% (limite recomendado por especialistas).

Além disso, os dados também não são positivos em termos do tempo levado para a compra de um imóvel em cada cidade. Segundo a pesquisa, das 12 cidades analisadas, apenas Belo Horizonte ficou abaixo da média entre sete e dez anos de comprometimento de renda familiar para a aquisição de uma casa própria.

Apesar disso, mesmo na capital mineira o indicador é considerado “preocupante”, já que fica pouco abaixo de sete anos.

Confira o ranking completo

Metodologia

Para padronizar a comparação de preços entre os países no estudo, foram selecionados apenas os anúncios de compra/venda e de aluguel de apartamentos.

Já para a análise dos filtros de busca mais utilizados foram considerados tanto apartamentos como casas e todos os filtros acessíveis nos sites. Na comparação de custo de vida e poder de compra, foi feita uma conversão para dólares (US$).

Este tipo de conversão cambial ajusta as diferentes taxas de câmbio às flutuações domésticas no nível de preços e permite uma comparação mais adequada do custo de vida e do poder de compra da população nos países. As taxas de câmbio em paridade de poder de compra, ppp (purchase power parity), foram extraídas do Banco Mundial.